SÃO PAULO (Reuters) - A CSN (SA:CSNA3) divulgou nesta quinta-feira prejuízo abaixo do esperado pelo mercado para o primeiro trimestre, embora o resultado tenha mostrado quedas nas vendas de aço e minério de ferro na comparação anual, impactadas pelos efeitos da pandemia de coronavírus.
A companhia teve prejuízo líquido de 1,3 bilhão de reais ante lucro de 87 milhões em igual etapa de 2019. Analistas, em média, esperavam prejuízo de 2,8 bilhões de reais, segundo dados da Refinitiv.
A empresa também que reduziu sua projeção de investimento este ano em 39%, de 1,8 bilhão para 1,1 bilhão de reais.
A CSN teve um resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 1,33 bilhão de reais, queda de 23% na comparação anual e abaixo dos 1,47 bilhão de reais esperados, em média, por analistas, segundo a Refinitiv.
Com isso, a alavancagem da CSN medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda subiu para 4,78 vezes no final de março, ante 3,77 vezes no fim de dezembro e 4,07 vezes um ano antes.
O caixa da CSN subiu 15% no trimestre ante mesmo período do ano passado, a 4,13 bilhões de reais, enquanto a dívida líquida cresceu 27%, a 32,8 bilhões.
As vendas de aço da CSN no primeiro trimestre caíram 3% na comparação anual, enquanto as de minério de ferro despencaram 37%, impactadas por queda de 39% no volume produzido.
A empresa afirmou anteriormente que o desempenho da mineração seria afetado pelas fortes chuvas que atingiram suas operações em Minas Gerais no período e no balanço comentou que houve "atrasos em novas frentes de lavra".
Para 2020, a CSN projeta vendas de minério de ferro, incluindo material comprado de terceiros, de 33 milhões a 36 milhões de toneladas. A empresa estimava anteriormente vendas de 40 milhões de toneladas de minério este ano ante 38 milhões comercializadas em 2019.
(Por Alberto Alerigi Jr.)