RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu em julgamento nesta quarta-feira aplicar multa de 500 mil reais ao empresário Eike Batista em processo envolvendo a divulgação de informações sobre a operação de fechamento de capital da empresa de logística LLX.
A autarquia também decidiu impor multa de 200 mil reais ao então diretor de relações com investidores da empresa, Otávio Lazcano, sobre o mesmo caso. Outros dois diretores da empresa, Eugênio Figueiredo e Cláudio Lampert, foram absolvidos no caso.
A CVM começou as investigações a partir de reportagens na imprensa brasileira sobre um possível fechamento de capital LLX, em julho de 2012, que também geraram fortes oscilações no preço e volume de negociação nas ações da companhia, atualmente conhecida como Prumo Logística.
A empresa, em um primeiro momento, informou ao mercado que não havia proposta ou decisão tomada a respeito. Em 30 de julho de 2012, Eike, no entanto, informou ao mercado o plano de fechar o capital da LLX, controlada pelo empresário, numa estratégia conjunta com um fundo de pensão de professores do Canadá.
A operação, no entanto, não se concretizou. Meses depois, em setembro de 2012, Eike desistiu do plano de fechar capital da LLX, após o laudo de avaliação da companhia ter indicado um preço justo entre 6,94 e 7,63 reais por papel. Ele estava disposto a pagar 3,13 reais por ação da companhia em circulação no mercado.
Em 2013, a LLX anunciou um termo de compromisso para que o grupo norte-americano EIG Management Company assumisse o controle da empresa.