LOS ANGELES (Reuters) - Três ex-dançarinas processaram nesta terça-feira a cantora norte-americana Lizzo, acusando-a de criar um ambiente de trabalho hostil, que incluía gordofobia e comentários sexualmente depreciativos.
O processo, impetrado na Corte Superior do Condado de Los Angeles, cita Lizzo, a produtora Big Grrrl Big Touring Inc e a líder da equipe de dançarinas, Shirlene Quigley. A representante da artista não quis comentar o assunto.
O processo movido pelas dançarinas Arianna Davis, Crystal Williams e Noelle Rodriguez cita assédio sexual, religioso, racial e sobre pessoas com deficiência. Elas alegam que foram forçadas a tocar em performers nus em uma boate de Amsterdã em fevereiro.
No processo, elas também dizem que Davis foi pressionada a participar de um ensaio fotográfico de nudez para ficar em uma competição de dança, apesar de ela se sentir desconfortável com isso. A dançarina disse que temia perder o emprego caso não atendesse aos pedidos de Lizzo.
“A natureza assombrosa de como Lizzo e seu time lidavam com as performers parece contrariar tudo que ela defende publicamente, já que em privado ela pratica gordofobia contra as dançarinas e as rebaixa de forma não apenas ilegal, mas também desmoralizante”, afirmou o advogado das dançarinas, Ron Zambrano.
O processo também acusa a líder do grupo de dançarinas de sujeitar as demais a suas crenças religiosas, contra a vontade delas: “A sra. Quigley não era apenas expansiva quanto a seus credos religiosos, como também aproveitava cada oportunidade para fazer proselitismo a quaisquer pessoas em sua presença, mesmo sob protesto.”
As dançarinas afirmam que Quigley falava sobre a virgindade de Davis em conversas e entrevistas nas redes sociais e que também divulgou detalhes sobre a dançarina sem o seu consentimento. Davis e Williams foram demitidas, enquanto Rodriguez pediu demissão, de acordo com o processo.
(Reportagem de Danielle Broadway)
