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Demanda do iPhone teve “queda considerável” em março, arriscando estimativas do segundo semestre, diz UBS

Publicado 01.05.2023, 10:50
Atualizado 02.05.2023, 11:16
© Reuters.
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A demanda do iPhone da Apple (NASDAQ:AAPL) registrou uma “queda considerável” em março, de acordo com analistas do UBS em uma nota emitida aos clientes na segunda-feira.

Os analistas, que recomendam compra na ação da AAPL com preço-alvo de USD 180, disseram aos investidores que as vendas diretas do iPhone registraram uma queda de quase 4% em março, embora tenham ressaltado que o crescimento na China acelerou.

"As vendas do iPhone no mês de março caíram quase 4% ano a ano, para cerca de 17 milhões de unidades", escreveram os analistas. "Nos Estados Unidos, o maior mercado da Apple, as vendas do iPhone foram de apenas 4,5 milhões de unidades, uma queda de cerca de 8% ano a ano, em comparação com um crescimento de 6,6% ano a ano em fevereiro. As 4,5 milhões de unidades vendidas nos Estados Unidos em março foram as menores desde setembro de 2020, em consonância com nossas verificações e taxas de atualização reportadas recentemente por AT&T (NYSE:T) Verizon (NYSE:VZ) e T-Mobile (NASDAQ:TMUS)."

"Embora o desempenho nos EUA tenha sido fraco, as unidades vendidas na China tiveram um crescimento de 6,7% ano a ano, para 3,8 milhões, uma aceleração de 200 pontos-base em relação a fevereiro, compensando apenas parcialmente a queda no maior mercado da empresa. As vendas na Europa permanecem fracas, com 2,9 milhões de unidades vendidas, uma queda de cerca de 22% ano a ano, uma leve melhora em relação à queda de 23% em fevereiro, apesar de uma base comparativa mais fácil de 360 pontos-base", acrescentaram.

Com base em uma análise mais fraca de demanda, os analistas estimaram que as vendas do iPhone no 1º tri de 2023 foram de aproximadamente 51 milhões de unidades, uma queda anual de 13% e trimestral de 30%. Além disso, o UBS prevê que as vendas do iPhone será de 206,8 milhões no ano civil de 2023, 10% abaixo das vendas de 230 milhões de unidades nos anos de 2021 e 2022, "dada a tendência relativamente mais fraca de vendas nos EUA e na Europa".

Os analistas também comentaram que não há mudanças em suas estimativas para o iPhone, mas os dados de março sugerem um risco no segundo semestre.

"Não estamos mudando nossa estimativa de vendas do iPhone no trimestre de março, de 54,0 milhões de unidades / receita de USD 47,9 bilhões, respectivamente (consenso de 55,6 milhões de unidades / USD 49,0 bilhões) após os dados de venda", afirmaram. "Embora os dados do trimestre de março sejam retrospectivos e estejam refletidos em nossas estimativas, as tendências de queda mês a mês nos EUA aumentam os riscos para a demanda do iPhone no segundo semestre da Apple (junho e setembro)".

As ações da Apple, que acumulam uma alta de mais de 30% em 2023, operavam em leve queda no início do pregão desta terça-feira em Nova York.

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