Investing.com - A exemplo do que fez a Caixa Econômica Federal em fevereiro, o Banco do Brasil (SA:BBAS3) também quer vender sua participação no IRB Brasil (SA:IRBR3), controlada pela BB Seguros. De acordo com a edição desta quinta-feira do Valor Econômico, a preferência dentro do BB é por uma oferta subsequente de ações (follow-on), mesma opção escolhida pelo fundo Fgeduc, da Caixa.
Apesar disso, o jornal destaca que no caso do BB a operação deve ser um pouco mais complexa, uma vez que a participação na resseguradora está vinculada ao acordo com acionistas.
Uma fonte disse à publicação que o BB Seguros quer poder se dedicar ao negócio principal, que é a venda de seguros no canal bancário, seja de forma direta ou por meio de parceria com outras seguradoras. Com isso, a avaliação é que não existe pressa para que a venda dos ativos aconteça.
O Valor lembra que o controle do IRB é formado pela BB Seguros Participações, Bradesco (SA:BBDC4) Seguros, a União, o Itaú (SA:ITUB4) Seguros e o Fundo de Investimentos em Participações Barcelona, gerido pela Caixa. A expectativa é que o BB leve de nove meses a um ano para concluir a operação, uma vez que depende de autorização do Tribunal de Contas da União e da Superintendência de Seguros Privados. No caso do Fgeduc, toda o processo levou cerca de 56 dias.
De acordo com o jornal, levando em conta o fechamento das ações do IRB na sessão de ontem, a fatia do BB equivale a R$ 4,21 bilhões. Dos 15,2% detidos pelo banco, 13,5% estão vinculadas ao acordo de acionistas. Assim, a BB Seguros tem direito de preferência na compra das ações que são da União. No caso dos papéis da BB Seguros, a ordem de preferência é da União, seguida do FIP Barcelona.