PARIS (Reuters) - Os sete maiores sindicatos de servidores públicos da França convocaram uma greve de um dia no mês que vem, ampliando o alcance do descontentamento e dos protestos que o presidente Emmanuel Macron enfrenta por suas reformas para transformar a economia francesa.
Será a terceira paralisação de um dia de professores, funcionários de creches, servidores civis e outros empregados do setor público desde outubro em protesto contra os planos de Macron de cortar mais de 100 mil vagas do setor e atrelar prêmios em dinheiro ao desempenho.
"Nossas organizações não compartilham os objetivos buscados pelo governo, que envolvem reduzir o alcance do setor público visando abandonar ou até privatizar departamentos", disseram os sindicatos em um comunicado divulgado na noite de terça-feira.
Próximo do final de seu primeiro ano no cargo, Macron está lidando com greves contínuas de ferroviários devido a uma reformulação da companhia estatal de trens SNCF, protestos de estudantes devido a reformas no terceiro grau que forçaram o fechamento de algumas faculdades e a revolta de aposentados com aumentos nas taxas do seguro social.
O governo Macron argumenta que as reformas no setor público são necessárias para cortar os custos e melhorar a eficiência.
O Ministério das Finanças anunciou que o déficit orçamentário da França diminuirá mais rápido do que o esperado ao longo dos cinco anos de mandato de Macron porque o crescimento está se mostrando mais robusto do que o estimado anteriormente, mas o governo disse que não haverá relaxamento na redução das despesas públicas.
"Teremos que manter nossos esforços, continuar reduzindo o gasto público", disse o ministro do Orçamento, Gérard Darmanin, à rede França 2.
(Por Caroline Pailliez)