Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste, onde estão as principais usinas do país, devem encerrar o período seco no piso da projeção de capacidade, com nível 18%, mas as perspectivas são bem otimistas para o próximo período chuvoso, que começa em novembro e só termina em abril de 2020, avaliou o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata.
Segundo ele, as previsões meteorológicas apontam para chuvas na média histórica nos próximos meses. Se isso se confirmar, o nível das represas será elevado para mais de 50% ao fim do período chuvoso em 2020.
À Reuters, Barata acrescentou que a capacidade de geração hidrelétrica do país chegará mais robusta no fim de abril do ano que vem do que ao final do período úmido este ano.
Ele acredita o país poderá explorar melhor a geração das usinas do Norte, em especial Belo Monte e Madeira.
"Chegamos ao final do período seco na faixa pessimista, com 18% no Sudeste/Centro-Oeste", disse ele à Reuters.
"Chegamos ao fim do período seco pior que no ano passado, mas com a perspectiva de chuvas na média daqui para frente, e se isso ocorrer vamos para níveis acima de 50% no fim do período.
Especialistas ouvidos pela Reuters, contudo, avaliam que um atraso no início do período de chuvas na região das hidrelétricas do Brasil pode levar as contas de luz a continuarem com cobranças adicionais em dezembro, geradas pelo acionamento das chamadas bandeiras tarifárias.