Investing.com – O banco JP Morgan elevou a recomendação das ações do BTG Pactual (BVMF:BPAC11), passando para overweight, equivalente à compra, com preço-alvo de R$38, o que representa potencial de valorização de cerca de 40%, segundo relatório divulgado a clientes e ao mercado.
De acordo com os analistas Yuri Fernandes e Guilherme Grespan, o upgrade ocorre após a performance fraca do ano passado, com queda de 26% nos papéis, contra baixa de 11% no Ibovespa desde janeiro de 2024.
Com a desvalorização das ações, o valuation atual de 7,3 vezes o preço por lucro esperado para dezembro de 2025 oferece um bom ponto de entrada, segundo os analistas do JP Morgan – principalmente considerando que a instituição financeira elevou os lucros em três vezes desde 2019.
“Apesar das condições desafiadoras, esperamos um CAGR de 16% nos lucros de 2024-26 e antecipamos que os múltiplos do BTG se alinhem com os do Itaú (BVMF:ITUB4), dado seu ROE ligeiramente mais alto e menor payout”, comparam os analistas do banco.
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Setor financeiro em foco
Considerando o setor financeiro como um todo, após viagem de marketing ao Brasil, os analistas indicam preferência dos investidores locais por nomes com alto rendimento de dividendos ou com queda limitada nos lucros. Assim, cita Itaú, BTG e Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), todos overweight.
“Embora o ITUB e o BTG sejam escolhas populares (e a posição e as retiradas de fundos podem explicar a fraqueza recente), outros bancos enfrentaram menos procura, com as discussões voltadas aos ventos contrários da curva de juros nos desafios do ciclo de crédito”, explicam os analistas.
Nomes mais defensivos passam a ser mais procurados, como BB Seguridade (BVMF:BBSE3) e Porto (BVMF:PSSA3), consideradas com indicação neutra e overweight, respectivamente. Enquanto isso, a percepção é de que o Nubank (BVMF:ROXO34), que possui indicação neutra, tem sido evitado. O banco possui indicação neutra também para B3 (BVMF:B3SA3) e overweight para XP (BVMF:XPBR31).
Na expectativa para a próxima temporada de balanços, o banco prefere Itaú e BTG, mas vê o Banco do Brasil como possível destaque positivo durante o ano como um todo, adicionando na lista ainda Inter (BVMF:INBR32) e Porto Seguro (BVMF:PSSA3).