Por Dhirendra Tripathi
Investing.com - As ações da Walt Disney (NYSE:DIS) subiam 2% por volta das 14h15 (horário de Brasília), depois de terem saltado quase 5% nas negociações de pré-mercado de sexta-feira, com o retorno do público aos seus parques temáticos e o aumento de usuários cadastrados no streaming ajudando os lucros do terceiro trimestre a confortavelmente superarem estimativas.
No Brasil, o BDR da companhia (SA:DISB34) tinha alta de 1,5%.
O lucro por ação no trimestre encerrado em 3 de julho chegou a 80 centavos, bem acima dos 54 centavos estimados pelos analistas.
Uma boa parte dos parques temáticos, produções cinematográficas e cruzeiros da Disney foi fechada no ano passado devido aos bloqueios induzidos pela pandemia. Um deles, o streaming, pesou.
De acordo com a Reuters, as reservas nos dois parques da empresa nos Estados Unidos, incluindo o carro-chefe Walt Disney World, permaneceram fortes e até ultrapassando em público no trimestre que acaba de terminar.
Flórida, onde está situado o Walt Disney World, é o epicentro da mais recente onda de Covid.
A receita dos parques, atrações e produtos da Disney no trimestre aumentou para US$ 4,3 bilhões em relação a US$ 1,1 bilhão no mesmo trimestre do ano anterior, com as pessoas lotando os espaços públicos após um ano fechadas em casa.
Em suas três assinaturas online Disney+, Hulu e ESPN+, a empresa captou cerca de 15 milhões de novos assinantes fechando o trimestre com 174 milhões.
O Disney+ tinha, no final do trimestre, 116 milhões de clientes pagantes, mais do que dobrando o número no período de um ano para emergir como rival da Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34), que tinha 209 milhões de assinantes no final de junho.
A receita dos serviços diretos ao consumidor, que inclui Disney+ e Hulu, aumentaram 57%, para US$ 4,3 bilhões, enquanto o prejuízo operacional caiu mais da metade, para US$ 293 milhões. Tanto o Hulu quanto a Disney tiveram aumento na receita por assinaturas enquanto os custos com programação também pesaram.
O faturamento dos canais domésticos no trimestre aumentou 13%, para US$ 5,6 bilhões, e a receita operacional diminuiu 37%, para US$ 1,8 bilhão. A diminuição da receita operacional aconteceu devido à diminuição nas assinaturas à cabo e, em menor medida, no rádio, disse a empresa.
A Disney atribuiu a queda nas assinaturas à cabo aos custos mais altos com programação e produção e, em menor medida, a um aumento nos custos de marketing, parcialmente compensado por um maior número de anúncios.
Os custos de programação e produção aumentaram devido ao retorno de eventos esportivos ao vivo.
A receita geral da empresa aumentou 45%, para US$ 17,02 bilhões no terceiro trimestre, superando a estimativa dos analistas de US$ 16,76 bilhões, de acordo com uma pesquisa da Investing.com