📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

Dólar sobe mais de 1% e fecha a R$2,35 após Fed

Publicado 17.09.2014, 18:27
Dólar sobe mais de 1% e fecha a R$2,35 após Fed

Por Bruno Federowski

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subiu mais de 1 por cento nesta quarta-feira e fechou no patamar de 2,35 reais pela primeira vez desde meados de março após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, sugerir que o ritmo de alta dos juros será mais intenso do que o esperado.

Contudo, parte do mercado acredita que o movimento desta sessão foi exagerado, uma vez que o Fed também reiterou sua promessa de manter os juros perto de zero após terminar seu programa de compra de títulos.

A moeda norte-americana subiu 1,25 por cento, a 2,3576 reais na venda, maior patamar de fechamento desde 13 de março, quando terminou a 2,3615 reais. Segundo dados da BM&F, o giro ficou em torno de 1,2 bilhão de dólares.

"Eu suspeito que esse movimento é mais uma vontade do mercado de ficar comprado em dólares do que vontade do Fed de aumentar juros", afirmou o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

Os integrantes do Fed agora estimam em média que os juros básicos terminem 2015 em 1,375 por cento, comparado aos 1,125 por cento previstos na reunião anterior. Para o final de 2016, a projeção média subiu para 2,875 por cento em relação aos 2,50 por cento anteriores.

As projeções levaram investidores a apostar em um aperto monetário mais intenso nos EUA, o que poderia atrair à maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em outros mercados. Contra o euro, o dólar atingiu o maior nível desde julho de 2013, arrastando consigo o mercado cambial brasileiro.

A disparada do dólar nos mercados internacionais ocorreu apesar de o Fed deixar no comunicado a expressão que sinaliza a manutenção dos juros perto de zero por um "horizonte relevante". Muitos investidores esperavam que o BC dos EUA retirasse essa expressão do documento.

Para um importante membro da equipe econômica do governo brasileiro, o comunicado do Fed não trouxe grandes mudanças, mantendo, assim, a visão de que os juros na maior economia do mundo subirão apenas no final do primeiro semestre de 2015.

"Ainda deve haver reação nos mercados (no curto prazo), mas como o comunicado do Fed foi claro, acredito que (o mercado) vai se acomodar", afirmou a fonte, sob condição de anonimato, citando a referência às taxas de juros perto de zero. A decisão do Fed "reduz um pouco espaço para especulação", acrescentou a fonte.

No Brasil, a divulgação da última pesquisa Ibope de intenção de voto para a eleição presidencial teve pouco impacto no mercado de câmbio nesta sessão.

Na terça-feira, o dólar havia fechado em baixa em parte devido à expectativa de que a presidente Dilma Rousseff (PT), cujas políticas são criticadas pelo mercado, perderia fôlego na corrida presidencial. Após o fechamento do mercado, o Ibope confirmou que Dilma perdeu alguns pontos de intenção de voto em um esperado segundo turno das eleições, embora continuasse empatada tecnicamente com Marina Silva (PSB).

"Foi ventilado que Marina se recuperaria um pouco em relação à última pesquisa e isso aconteceu mesmo", disse o superintendente de derivativos de uma gestora de recursos internacional.

A alta recente do dólar ante o real alimentou expectativas de que o BC intensifique a intervenção no câmbio via leilões de swaps para rolagem.

Por enquanto, a autoridade monetária continuou vendendo a oferta de até 6 mil swaps, que equivalem a venda futura de dólares, para rolagem do lote de outubro. Ao todo, o BC já rolou cerca de 35 por cento do lote total, que corresponde a 6,677 bilhões de dólares.

O BC também vendeu a oferta total de até 4 mil swaps pelas atuações diárias. Foram vendidos 3 mil contratos para 1º de junho e 1 mil para 1º de setembro de 2015, com volume equivalente a 198,2 milhões de dólares.

(Reportagem adicional de Patrícia Duarte)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.