Nova York, 27 jul (EFE).- O índice Dow Jones Industrial fechou o pregão desta segunda-feira em baixa de 0,73% - sua quinta queda consecutiva - em uma sessão influenciada pelo resultado da Bolsa de Xangai, que despencou mais de 8%.
No fechamento da primeira sessão da semana, o Dow Jones perdeu 127,94 pontos, até os 17.440,59, o que o deixa em seu nível mais baixo desde fevereiro. Já o seletivo S&P 500 caiu 0,58%, para 2.067,64 pontos, enquanto o índice composto do mercado Nasdaq fechou em baixa de 0,96%, aos 5.039,78.
Desde o início do pregão, os índices de Wall Street foram arrastados pelas fortes perdas nas bolsas chinesas, que viveram seu pior dia em oito anos.
O índice de Xangai, o de referência na China, caiu 8,48% e o de Shenzhen perdeu 7,59%, pondo fim, de forma abrupta, à recuperação que tinham vivido nas últimas duas semanas, após o mês mais difícil de sua história.
Segundo os analistas, o principal motivo dessa forte baixa foi o anúncio do Escritório Nacional de Estatísticas de que os lucros das principais companhias industriais chinesas caíram 0,3% em junho, em estimativa anualizada, em forte contraste com o crescimento de 0,6% em maio.
Esse dado alimentou de novo as dúvidas sobre a economia chinesa e teve impacto especial nos setores de energia e matérias-primas, que lideraram os números vermelhos em Nova York, com perdas de 1,87% e 1,32%, respectivamente.
O petróleo do Texas também foi claramente afetado e caiu 1,56% ao longo do dia, fechando cotado a US$ 47,39 o barril.
As notícias da China anularam os dados positivos nos EUA, onde hoje foi divulgado que os pedidos de bens duráveis às fábricas aumentaram 3,4% em junho, impulsionados pelo setor do transporte, compensando amplamente a queda de 2,1% no mês anterior.
Esse número superou as expectativas dos analistas que previam uma ascensão de 2,6% em junho.
A sessão de hoje foi ruim para todos os setores de Wall Street, com a única exceção das prestadoras de serviços públicos, que emplacaram uma alta de 0,76%.
Dos 30 títulos que compõem o Dow Jones, apenas cinco terminaram com números positivos, liderados por Intel (1,05%), General Electric (NYSE:GE) (0,78%) e Travelers (0,30%). Já as maiores perdas foram de Boeing (-2,10%), Chevron (-1,61%) e JPMORGAN Chase (-1,32%).
A farmacêutica israelense Teva, especializada em medicamentos genéricos, foi um dos grandes protagonistas com números positivos na jornada de hoje, pois suas ações se valorizaram mais de 16% depois que empresa anunciou a aquisição de sua rival, Allergan, por US$ 40,5 bilhões.
Amanhã, o foco das atenções estará, entre outros, sobre Pfizer, Dupont, UPS, Merck (NYSE:MRK) e Twitter, que devem apresentar seus resultados trimestrais.
Além disso, os investidores esperam notícias da reunião de dois dias do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que começa amanhã e da qual podem sair novas pistas sobre o calendário para o aumento da de taxa básica de juros nos Estados Unidos.
Em outros mercados, o ouro subiu para US$ 1.091,9 a onça, enquanto a rentabilidade da dívida pública caiu para 2,219%.