"Chegou a hora de a Tesla (NASDAQ:TSLA) abrir uma subsidiária financeira", afirmaram os analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS), em uma nota enviada aos investidores, mantendo a classificação de “overweight” e o preço-alvo de US$ 200.
Em sua análise mais recente sobre a gigante dos veículos elétricos, os estrategistas do banco argumentam que, historicamente, a Tesla vendeu a maioria dos seus carros à vista ou com opções de financiamento mínimo. Entretanto, no momento em que a empresa busca se expandir e atrair mais 5-10 milhões clientes, “os usuários exigem novas soluções em um mercado em que 90% das vendas são feitas por meio de parcelas mensais”, complementaram.
Os analistas defendem que a Tesla poderia montar uma subsidiária financeira própria, diante do amadurecimento do mercado. Essa iniciativa ajudaria a empresa a se adequar às possíveis regras de leasing estabelecidas pela lei de redução da inflação nos EUA, além de outros fatores relevantes. Eles também destacam que a Tesla pode estar perdendo vendas ao não oferecer opções de financiamento competitivas.
Além disso, os estrategistas do banco argumentam que a Tesla possui os recursos necessários para se tornar uma empresa de financiamento de sucesso, incluindo um sólido balanço patrimonial e fluxo de caixa estável. Eles mencionam as perspectivas promissoras de parcerias bancárias e de ABS (Asset-Backed Securities), bem como uma ampla rede de distribuição. Essas condições posicionam a empresa de forma favorável para colher os benefícios de um gerador de lucros bem administrado e conservador.
“A criação da Tesla Finco parece ser a próxima oportunidade lógica para impulsionar o crescimento da receita”, escreveram os analistas, reiterando a classificação de “overweight” e o preço-alvo de US$ 200.
As ações da TSLA fecharam o pregão de ontem cotadas a US$ 249.83 e acumulam uma alta de mais de 131% no ano.