Investing.com - Enquanto o governo federal avança para a privatização da Eletrobras, a administração da estatal faz descobertas sobre o patrimônio da empresa e de suas subsidiárias. São bens e negócios incomuns, que geram custos e podem ser revertidos em caixa para a empresa que tem uma dívida bilionária.
O site da revista Exame informa que, por exemplo, a subsidiária Chesf tem um posto de gasolina, enquanto a Eletronorte é proprietária de um hotel. Além disso, a própria Eletrobras é dona de um terreno que está avaliando em US$ 100 milhões e a Eletronuclear de um pedaço de praia em Angra dos Reis.
Entre os ativos da Eletrobras, foi descoberto até mesmo um hospital, que por um acordo com a comunidade, deverá ser mantido. Fora isso, todos os outros bens devem ser vendidos. A estimativa é que eles estejam avaliados em R$ 500 milhões.
Antes de iniciar o processo de venda, a estatal irá se reorganizar, verificando quais imóveis são da Eletrobras e quais são alugados. Em Brasília, por exemplo, cada uma das subsidiárias possui um escritório, quando o comum seria um ponto de apoio. Esse ajuste já foi realizado, com Eletrobras (SA:ELET3), Furnas, Chesf, Eletrosul e Eletronuclear sendo colocadas no mesmo prédio da Eletronorte. Somente isso rende uma economia de R$ 85 milhões por ano com aluguéis somente na capital federal.
No caso do Rio de Janeiro, a estatal está presente em seis prédios diferentes. A expectativa é que até março todas as operações estejam no mesmo edifício. Outra situação gritante é da Eletronuclear, que alugava um imóvel pertencente à Valia e à Previ, fundos de pensão da mineradora Vale (SA:VALE3) e do Banco do Brasil (SA:BBAS3), enquanto um prédio próximo da Eletros, fundo de pensão da empresa de energia, estava vazio.