Investing.com - Após começar o dia com forte queda, as ações da Eletrobras (SA:ELET3) inverteram a direção e agora avançam 5,80% a R$ 14,95. O mercado digere duas importantes notícias sobre a estatal: a primeira sobre a aprovação do projeto da venda das distribuidoras na Câmara. Por outro lado, o presidente da casa legislativa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) declarou que a proposta para a venda da estatal não será pautada neste ano.
A Câmara dos Deputados concluiu na noite de terça-feira a aprovação do projeto que viabiliza a privatização de seis distribuidoras de energia controladas pela Eletrobras com a votação dos destaques à matéria, que agora será enviada ao Senado.
Após a aprovação do texto-base na semana passada, deputados aprovaram uma emenda para conceder gratuidade da tarifa de energia elétrica a famílias de baixa renda e outra que torna sem ônus para o consumidor a extensão do fornecimento em áreas remotas distantes das redes de distribuição, informou a Agência Câmara Notícias.
O projeto de lei realiza alterações legislativas que equacionam débitos das distribuidoras da Eletrobras com fundos do setor elétrico, o que é visto como essencial para viabilizar o interesse de investidores pelas empresas, principalmente para as que atuam no Norte.
As seis distribuidoras que serão colocadas à venda são Amazonas Energia, Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Companhia Energética de Alagoas (Ceal), Companhia de Energia do Piauí (Cepisa), e Boa Vista Energia, que atende Roraima.
Depois da conclusão da votação da matéria, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que o projeto de privatização da Eletrobras não será votado neste ano.
“O acordo quanto a não votação do projeto da Eletrobras está garantido, nós não votaremos neste ano”, disse Maia no plenário da Casa, de acordo com a agência.
Segundo Maia, as negociações sobre o adiamento da privatização da Eletrobras se iniciaram na semana passada, quando os líderes se comprometeram a deixar o tema para depois das eleições. O acordo final prevê que o texto só será votado na próxima legislatura, quando tomarão posse os deputados eleitos em outubro.