Por Luciano Costa
SÃO PAULO (Reuters) - A EDP (SA:ENBR3) Grid, unidade da elétrica EDP Brasil, do grupo português EDP, recebeu autorização do órgão brasileiro de defesa da concorrência para a aquisição ativos de geração distribuída da Léros Geradora.
A operação foi aprovada sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira.
O negócio envolve quatro sistemas de geração distribuída ainda não operacionais na cidade de Taubaté, em São Paulo, segundo parecer do Cade, que não informa a capacidade das instalações.
A compra dos ativos da Leros foi apontada como "uma oportunidade para o Grupo EDP desenvolver novos projetos de geração fotovoltaica no Brasil, expandindo o seu parque de geração renovável e atraindo novos clientes", mostraram documentos entregues ao Cade, sem citar valores da transação.
O presidente da EDP Brasil, Miguel Setas, havia afirmado à Reuters em junho do ano passado que a empresa estava em busca de oportunidades de aquisição no segmento de geração distribuída de energia, que tem crescido em ritmo acelerado no Brasil.
O país registrou em 2019 a instalação de 1,3 gigawatts em novos sistemas com a tecnologia de geração distribuída solar, o que fez da fonte a segunda com maior expansão no mercado local no ano, atrás apenas das hidrelétricas, mas à frente de parques eólicos e de usinas solares de grande porte.
A potência instalada atualmente em geração distribuída solar no Brasil é de 2 gigawatts, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).