Por Sam Boughedda
Investing.com - Em uma nota sobre as ações dos EUA, um analista do Jefferies afirmou que as empresas com grande volume de receitas provenientes do exterior devem enfrentar mais desafios do que as companhias eminentemente domésticas.
“As condições financeiras nos EUA se deterioraram na semana passada, com destaque para a forte queda no crédito”, afirmou o analista. “Houve um notável recuo no número de empresas elevando preços. O risco para a nossa alocação e viés setorial não é necessariamente uma recessão, mas uma melhora significativa dos salários reais nos EUA, forçando o Federal Reserve a elevar mais os juros, o que exerceria pressão sobre os múltiplos”.
Ele disse ainda que a empresa encerrou seu “estilo equivocado de precificação (compra de aristocratas dos dividendos vs. MSCI) iniciado em 5 de abril de 2022”.
“Precipitamo-nos com a cesta de ações que se beneficiariam de um enfraquecimento do dólar e de uma melhora nas condições financeiras dos EUA. Decidimos mantê-los, pois estamos de certa forma perto do pico do ‘pessimismo’. Recentemente reiniciamos uma posição comprada em volatilidade das ações. Abrimos uma posição para sair das empresas do S&P 500 com grande volume de receitas do exterior”, afirmou.
“O mercado já descontou um aumento de 75 pontos-base neste mês, contra a expectativa do Jefferies de 50 pb. A curva OIS nos EUA deslocou-se para um pico de aproximadamente 3,75% a partir de 3,4% de um ano durante o último mês de negociações. Além disso, deve-se lembrar que um movimento de 10% no dólar ponderado pelo comércio é equivalente a um aumento de juros de 50 a 75pb nos EUA. Assim, as condições financeiras estão mais uma vez sendo rapidamente apertadas. Em outro sinal de pessimismo, o nível de confiança dos CEOs das empresas afundou até as mínimas da pandemia. O sentimento continua decididamente baixista”, acrescentou o analista.