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Emissão de empresas brasileiras no mercado local cai 13,6% no 1º semestre de 2020

Publicado 07.07.2020, 16:16
Atualizado 07.07.2020, 16:27
© Reuters.
PETR4
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Por Gabriel Codas

Investing.com - Nos seis primeiros meses de 2020, as empresas brasileiras realizaram a emissão de R$ 150 bilhões em instrumentos do mercado de capitais, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) divulgados nesta terça-feira.

O resultado representa queda de 13,6% em relação ao volume de R$ 173,8 bilhões captado no mesmo período do ano passado, em um reflexo à crise desencadeada pela Covid-19. Incluindo as operações no mercado externo (já convertidas em reais), o total deste ano sobe para R$ 217,5 bilhões, contra R$ 221,6 bilhões no mesmo intervalo de 2019.

José Eduardo Laloni, vice-presidente da ANBIMA, explica que o mercado de capitais iniciou o ano bastante aquecido, mas desacelerou momentaneamente pela pandemia. Ainda assim, o resultado do primeiro semestre ficou próximo ao registrado no mesmo período do ano passado. Na visão dele, isso mostra que as companhias estão encontrando oportunidades para suas captações nas ofertas de renda fixa e variável.

As debêntures permaneceram na liderança, com 32,4% do volume total de captações no mercado até junho. O montante de R$ 48,6 bilhões é, entretanto, 50% menor do que o registrado no primeiro semestre de 2019 (R$ 98,6 bilhões). Vale ressaltar que no início da pandemia as emissões de notas promissórias foram destaque entre as emissões de renda fixa, como alternativas para o reforço dos caixas das empresas: em abril, bateram o recorde mensal de emissões e fecharam o semestre com R$ 18,9 bilhões, o que representa alta de 92% sobre o mesmo período do ano passado (R$ 9,9 bilhões).

Na renda variável, as ofertas deste ano representaram 24,6% do total emitido no mercado de capitais. O volume de R$ 36,9 bilhões apurado no primeiro semestre é 52,6% maior do que no mesmo intervalo de 2019. O destaque é para os follow-ons (ofertas subsequentes de ações), que atingiram R$ 32,6 bilhões. Entre os IPOs (ofertas iniciais de ações), o total de R$ 4,3 bilhões é quase cinco vezes maior do que os R$ 772 milhões registrados entre janeiro e junho do ano passado. Desde o início da pandemia, 21 ofertas de ações foram interrompidas e duas canceladas. A partir de maio, quatro já foram retomadas.

No mercado externo, 12 operações foram realizadas no semestre, totalizando R$ 67,4 bilhões. Os destaques foram as emissões de bônus do Tesouro e da Petrobras (SA:PETR4) em junho, com volumes de R$ 16,4 bilhões (US$ 3,5 bi) e R$ 17,1 bilhões (US$ 3,3 bi), respectivamente.

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