Investing.com - A provável venda da Fibria (SA:FIBR3) segue no radar dos investidores no mercado nesta quinta-feira. As interessadas, Paper Excellence (PE) e Suzano (SA:SUZB3) apresentaram ofertas parecidas, coma diferença que a empresa brasileira já viabilizou com bancos a operação financeira, enquanto a PE ainda não apresentou garantias.
As ações da Fibria e Suzano foram os principais destaques na B3 ontem, com ganhos de 3,6% e 5,5%. Com isso, a sessão de hoje começa com correção, com os ativos caindo, respectivamente, 1,18% a R$ 70,90 e 1,50% a R$ 23,64.
Reportagem do Estadão indica que o grupo PE pode enfrentar barreiras legais para vencer a disputa pela Fibria. O jornal apurou que a restrição de compra de terras por estrangeiros seria um dos impeditivos do negócio, uma vez que a PE pertence à família indonésia Widjaja, também dona da Asia Pulp and Paper (APP).
O interesse pela Fibria surgiu justamente após as primeiras notícias das negociações da Suzano com a maior produtora global de celulose. Atualmente, a PE possui operações no Canadá e na França. No ano passado, comprou a Eldorado, pertencente ao grupo J&F, com fábrica no Mato Grosso do Sul, mesmo estado onde a Fibria está instalada. A conclusão da compra da Eldorado deve acontecer até setembro.
A diferença é que no caso da Eldorado, a questão da compra de terras estrangeiras foi posta de lado, uma vez que a empresa do grupo J&F não possui grandes áreas de florestas próprias, diferentemente do que acontece com a Fibria.
Desde 2010 o Brasil restringe a entrada de investidor estrangeiro para a compra de terras, com em algumas ocasiões a Advocacia Geral da União (AGU) proibindo a venda de propriedades agrícolas para empresas do exterior. Na Câmara, tramita um projeto de lei que trata sobre o assunto e libera a venda de terras.