Por Charlotte Greenfield e Praveen Menon
WHAKATANE/WELLINGTON (Reuters) - Uma equipe militar da Nova Zelândia com máscaras de gás e trajes contra materiais perigosos recuperou nesta sexta-feira seis corpos da ilha vulcânica que teve uma erupção no início desta semana, enquanto médicos trabalhavam para salvar sobreviventes com queimaduras graves.
Um esquadrão antibombas de oito pessoas partiu antes do amanhecer e passou quatro horas na Ilha Branca, que especialistas disseram que poder entrar em erupção novamente.
Seis dos oito corpos na ilha foram recuperados com sucesso e levados a uma embarcação de patrulha naval para serem transferidos para o continente e serem identificados.
"O dia de hoje foi para devolvê-los aos seus entes queridos", disse a primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, em uma coletiva de imprensa em Whakatane, a principal ilha do litoral continental, onde cerca de 100 membros de famílias e da comunidade local oraram e cantaram juntos.
"Sabemos que se reunir não diminuíra o sentimento de perda, de sofrimento, porque não acho que algo consiga, mas como neozelandeses sentimos uma sensação enorme de dever de trazer seus entes queridos para casa".
A equipe não conseguiu encontrar e recuperar os dois corpos remanescentes, já que o pesado equipamento de proteção que precisaram usar desacelerou a operação delicada.
A polícia disse que equipes de mergulho enviadas às águas ao redor da ilha não encontraram nada e que tentarão novamente no sábado.
"Ainda não acabou", disse o comissário de polícia da Nova Zelândia, Mike Bush, aos repórteres em Whakatane, situada cerca de 50 quilômetros a oeste da ilha.