ZURIQUE (Reuters) - O escândalo de espionagem no Credit Suisse custou ao ex-presidente-executivo Tidjane Thiam parte de seu bônus em 2019, quando sua remuneração geral caiu 15%, para 10,7 milhões de francos suíços (10,92 milhões de dólares), segundo relatório anual do banco suíço divulgado nesta quarta-feira.
Thiam "liderou de maneira exemplar em termos de comprometimento pessoal com os padrões de conduta e ética do grupo, mas reconhecendo que o assunto da espionagem teve um impacto significativo sobre o grupo, sua pontuação de avaliação não financeira foi reduzida", afirmou.
Thiam saiu do banco em fevereiro, depois que o escândalo de espionagem de executivos atingiu a reputação de um dos maiores bancos da Europa e chocou a comunidade financeira da Suíça.
O segundo maior banco do país também confirmou que o presidente Urs Rohner deixará o cargo na reunião anual de 2021 e que a busca por seu sucessor estava progredindo.
Apesar do lucro mais alto em 2019, o conjunto de bônus coletivos do Credit Suisse caiu para 3,17 bilhões de francos, mostrou o relatório. O Credit Suisse prometeu pagar mais de seus lucros aos acionistas por meio de dividendos e recompras de ações.
(Por Oliver Hirt)
((Tradução Redação São Paulo; 55 11 56447727))
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