Este é o setor da B3 com melhor performance nos últimos 10 anos, segundo estudo

Publicado 11.02.2025, 16:08
© Reuters

Investing.com – O setor de utilities teve a melhor performance na bolsa brasileira nos último dez anos, de acordo com estudo realizado pela Rico e divulgado a clientes e ao mercado nesta terça-feira, 11 de fevereiro.

Maria Giulia, analista de research da Rico, avaliou a performance dos principais índices setoriais da bolsa brasileira nos últimos dez anos e apontou os resultados. O Índice de Utilidade Pública (UTIL) teve a maior valorização entre os índices setoriais, com uma alta de 348,11%.

Empresas de serviços essenciais, como energia elétrica, gás e saneamento, fazem parte desse índice, que contempla companhias como Energisa (BVMF:ENGI11), Copel (BVMF:CPLE6), Eletrobras (BVMF:ELET3) e Sabesp (BVMF:SBSP3).

Entre os principais motivos para o destaque do setor de utilities ao longo da última década, Giulia cita a resiliência em qualquer cenário, previsibilidade de receita e distribuição de dividendos, além da sua característica defensiva mesmo diante de momentos de elevação nas taxas de juros.

“Diferente de setores mais cíclicos, que dependem do crescimento econômico para prosperar, as empresas desse setor oferecem serviços indispensáveis, garantindo uma demanda estável ao longo do tempo”, ressalta a analista.

A previsibilidade de receita também é citada como ponto positivo. As companhias tendem a apresentar estabilidade do fluxo de caixa, o que possibilita maior previsibilidade das receitas e o pagamento de dividendos robustos.

“Além disso, a regulação do setor facilita os reajustes periódicos de tarifas, dando certa proteção a essas empresas contra choques inflacionários, garantindo margens de lucro mais estabilizadas”, completa a especialista da Rico.

Com oscilações no ambiente macroeconômico sendo um dos principais desafios das empresas listadas na bolsa de valores brasileira, a resiliência das companhias de utilities é outro ponto que favorece uma visão positiva dos investidores para alocar neste tipo de ação.

“Em períodos de queda dos juros, os investidores tendem a buscar ações que oferecem rentabilidade através do pagamento de dividendos acima da taxa de juros, impulsionando o setor. Mesmo em momentos de alta na Selic, a resiliência dessas empresas ajuda a manter sua atratividade, dada a característica mais defensiva desse segmento”, detalha.

Performances dos índices ao longo da última década

Além do referente às empresas de utilities, outros índices setoriais registraram altas expressivas, de acordo com o estudo da Rico, como o IMAT (Índice de Materiais Básicos), com valorização de 308%.

“Alguns fatores beneficiam este setor, como o apetite elevado de países como China e Estados Unidos por matérias-primas; um câmbio favorável, pois a desvalorização do real beneficia exportadores ao aumentar a receita em moeda local e ainda o cenário de maior inflação global, que afeta o aumento dos preços globais das commodities e ajuda empresas como Vale (BVMF:VALE3) e Suzano (BVMF:SUZB3)”, ressalta o documento.

O IDIV (Índice de Dividendos) também apresentou uma valorização de três dígitos nos últimos anos, com ganhos de 251,79% no mesmo período de comparação. Neste índice, estão setores como energia elétrica e instituições financeiras bancárias, que teriam forte capacidade de geração de caixa e distribuição de dividendos atrativos.

Por outro lado, o ICON (Índice de Consumo) apresentou o pior desempenho nos últimos dez anos, uma retração de 5,37%. O índice contempla empresas do setor de varejo e consumo, como Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) e Grupo Casas Bahia (BVMF:BHIA3). O IMOB (Índice Imobiliário), por sua vez, que inclui empresas como Allos (BVMF:ALOS3), Multiplan (BVMF:MULT3) e Cyrela (BVMF:CYRE3), registrou o segundo pior desempenho, mas com um retorno positivo de 67,79%.

Veja as performances por índice:

Fonte: Rico

O estudo demonstra a importância do longo prazo para o investimento em ações, de acordo com a analista da Rico, citando como motivos a volatilidade no curto prazo, os efeitos dos juros compostos e o comportamento da bolsa de valores, influenciada por fatores como o crescimento da economia, além do desempenho financeiro e saúde das empresas listadas.

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