MILÃO (Reuters) - A Ferrari estreou na bolsa de Milão nesta segunda-feira com a montadora de carros de luxo completando a saída da Fiat Chrysler, deixando sua dona lutar pelo futuro sozinha.
A Fiat Chrysler (FCA) perdeu um terço do seu valor de mercado como resultado da cisão da Ferrari, colocando em foco os desafios operacionais da sétima maior montadora do mundo, incluindo uma dívida elevada, atrasos de produtos e apelo por uma fusão que segue rejeitado.
O presidente-executivo da FCA, Sergio Marchionne, também presidente da Ferrari, disse nesta segunda-feira que outras montadoras se aproximaram para proposta de fusão, já que sua oferta de união com a rival General Motors (N:GM) para criar sinergias e reduzir custos foi rejeitada repetidamente. Ele disse que as novas opções não foram suficientemente atraentes.
Ele repetiu seu apelo para consolidação na indústria, que considera inevitável, mas que isso pode não acontecer durante o seu mandato, que deve terminar em 2018.
A FCA está embolsando mais de 4 bilhões de dólares com a oferta da Ferrari e as próprias ações saltaram 70 por cento desde que Marchionne prometeu em outubro de 2014 distribuir uma grande parte das ações da Ferrari para os investidores da FCA.
Marchionne confirmou as metas da FCA para 2018, centrada em torno de uma reformulação de suas marcas Alfa Romeo, Maserati e Jeep. O grupo apresentará um plano atualizado no fim deste mês para enfrentar o crescimento mais fraco em alguns mercados.
(Por Agnieszka Flak)