Por Idrees Ali
WASHINGTON (Reuters) - Os militares dos Estados Unidos disseram nesta terça-feira que realizaram um teste de míssil balístico intercontinental Minuteman III que tinha sido adiado para evitar aumento das tensões com Pequim durante a demonstração de força da China perto de Taiwan no início deste mês.
A China mobilizou dezenas de aviões e disparou mísseis reais no Estreito de Taiwan depois que a presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, fez uma viagem à ilha autogovernada. A China considera Taiwan parte de seu território e nunca renunciou ao uso da força para colocá-lo sob seu controle.
O teste mostrou "a prontidão das forças nucleares dos EUA e fornece confiança na letalidade e eficácia da dissuasão nuclear do país", disse um comunicado militar dos EUA.
O veículo viajou cerca de 6.760 km e foi lançado da Base da Força Espacial Vandenberg, na Califórnia.
Os militares disseram que cerca de 300 desses testes foram realizados anteriormente e que não foi resultado de nenhum evento global específico.
O teste sugere que Washington está menos preocupada com a escalada da situação em torno de Taiwan, pelo menos no curto prazo.
O governo do presidente Joe Biden afirmou que continuará realizando operações aéreas e navais de rotina no Estreito de Taiwan nas próximas semanas.
Os militares dos EUA também cancelaram um teste de seu míssil balístico intercontinental Minuteman III em abril, com o objetivo de diminuir as tensões nucleares com a Rússia durante a guerra em curso na Ucrânia.
O Minuteman III, com capacidade nuclear, fabricado pela Boeing (NYSE:BA), é fundamental para o arsenal estratégico dos militares dos EUA. O míssil tem um alcance de mais de 9.660 kms e pode viajar a uma velocidade de aproximadamente 24.000 km/h.