RIO DE JANEIRO (Reuters) - As exportações de petróleo da Petrobras (SA:PETR4) caíram 3% no segundo trimestre ante o mesmo período de 2018, para 416 mil barris por dia (bpd), em meio a necessidade da empresa de repor estoques, devido a uma menor produção nos primeiros três meses do ano, informou a petroleira nesta sexta-feira.
Na comparação com o primeiro trimestre, houve uma queda nas exportações de petróleo ainda maior, de 15,8%.
Já as importações de petróleo cresceram 5% no segundo trimestre, ante um ano antes, e avançaram 5,6% na comparação com os três primeiros meses do ano, para 189 mil bpd, em função de aumento de vendas e da atratividade econômica no processamento de óleos leves e condensados, informou a empresa.
Dentre os derivados, a Petrobras elevou as importações de diesel em 2% ante o mesmo período do ano passado, mas reduziu em 27% em relação aos três primeiros meses do ano, devido a um aumento de produção no segundo trimestre.
"Esse aumento de produção (de diesel) foi viabilizado por otimização das operações e maior demanda no mercado brasileiro", disse a Petrobras em seu primeiro relatório trimestral de produção e vendas.
Já as importações de gasolina somaram 36 mil bpd no segundo trimestre, mais de 5 vezes maior que um ano antes e alta de 44% em relação ao primeiro trimestre.
A empresa também apontou uma alta nas exportações de bunker (combustível náutico) e óleo combustível devido ao aquecimento do mercado externo pelas expectativas geradas em função da alteração de especificação de combustível marítimo pela Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês).
A nova especificação prevê uma redução do teor de enxofre do combustível de 3,5% para 0,5%.
"Em relação à nova especificação de 0,5% de enxofre, testes de produção realizados nas refinarias já somam cerca de 30 mil bpd de bunker que atendem às exigências do IMO nos últimos meses e atingiram o patamar superior ao programado inicialmente", disse a Petrobras.
(Por Marta Nogueira)