ZURIQUE (Reuters) - A LafargeHolcim, maior fabricante de cimento do mundo, reduziu sua previsão para demanda global nesta quarta-feira, citando fraqueza no Sudeste Asiático e na Nigéria, mas disse que continua trabalhando para atingir sua meta de lucro para 2017.
A empresa franco-suíça informou que estima que o mercado global cresça de 1 a 3 por cento este ano, abaixo da projeção anterior de alta de 2 a 4 por cento.
A visão mais cautelosa da LafargeHolcim contraria previsões positivas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que elevou a estimativa de crescimento da economia global para 2017, citando ganhos de produção e comércio na Europa, Japão e China.
A companhia previa expansão de apenas um digito na Nigéria, mas com a crise econômica agora espera uma queda na demanda do mercado, disse o vice-presidente financeiro, Ron Wirahadiraksa.
Além disso, os projetos de infraestrutura esperados nas Filipinas ainda não começaram, enquanto houve excesso de capacidade na Indonésia e forte concorrência na Malásia.
As vendas da LafargeHolcim nos Estados Unidos também caíram durante o primeiro semestre, conforme condições climáticas adversas dificultaram os projetos de infraestrutura do governo.
Mas as perspectivas mais baixas não impedirão a empresa de atingir seu objetivo de aumentar o lucro operacional do núcleo principal de negócios a uma taxa de dois dígitos em 2017, segundo Wirahadiraksa, com o lucro e as margens subindo com preços maiores e eficiências.
A companhia, que é fruto da fusão entre a francesa Lafarge e a suíça Holcim, reportou resultados ligeiramente melhores que o esperado para o segundo trimestre.
O lucro operacional ajustado cresceu 10,1 por cento, para 1,735 bilhão de francos suíços (1,82 bilhão de dólares) no trimestre encerrado em 30 de junho, superando a estimativa média de 1,714 bilhão de dólares em um levantamento da Reuters.
(Por John Revill)