A gigante dos caminhões Yellow encerrou as operações e deve entrar com pedido de falência após uma série de fusões que a deixou ainda mais endividada. Durante a pandemia, a empresa emprestou US$ 700 milhões do governo federal, e agora o Departamento do Tesouro tem participação de cerca de 30% na Yellow. Porém, como acionista, o Tesouro pode ter sua participação eliminada e depende de quanto a empresa vai arrecadar com vendas de ativos para quitar as dívidas. Segundo alguns legisladores e analistas, os contribuintes podem perder dinheiro.
Uma porta-voz da Yellow disse que a empresa espera pagar o empréstimo integralmente, e o governo não indicou planos de dar mais ajuda à Yellow, cujo colapso pode causar a perda de quase 30 mil empregos de forma sistêmica nos EUA. Porém, pagar os credores mais antigos poderia acabar consumindo o valor dos ativos da Yellow.
A Yellow tinha cerca de US$ 1,5 bilhão em dívida total de longo prazo em 31 de março, de acordo com seu arquivamento trimestral mais recente. Para recuperar a primeira parcela da dívida, o Tesouro é o terceiro na fila atrás de outros credores. Aproximadamente US$ 567 milhões eram devidos a um grupo de afiliados liderados pela Apollo Global Management. A Yellow também tinha uma linha de crédito de US$ 500 milhões com um grupo de bancos.
Pagar os credores mais antigos poderia acabar consumindo o valor dos ativos da Yellow. Vender ativos após a falência ajudaria a saldar essas dívidas. Alguns dos imóveis da Yellow podem ser especialmente valiosos porque muitos de seus terminais de longa data estão em locais urbanos desejáveis, têm amplo estacionamento e são configurados para o tipo específico de transporte em que a Yellow se especializa, conhecido como caminhão de carga menor, de acordo com essas pessoas. Fonte: Dow Jones Newswires