Por Daniel Wiessner
(Reuters) - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos concordou em pagar 22,6 milhões de dólares para encerrar um processo coletivo de 34 mulheres que alegaram que foram demitidas injustamente da academia de treinamento de agentes do FBI por conta do seu gênero, de acordo com um documento judicial apresentado nesta segunda-feira.
O acordo, que deve ser aprovado por um juiz federal em Washington, encerraria uma ação coletiva de 2019 alegando que o FBI, que faz parte do Departamento de Justiça, tinha uma prática generalizada de forçar a saída de estagiárias.
As demandantes afirmam que foram consideradas inadequadas para se formar na academia de treinamento mesmo tendo desempenhado tão bem quanto, ou melhor que, muitos estagiários homens nos testes acadêmicos, de aptidão física e de armas de fogo.
Algumas delas também afirmam ter sido submetidas a assédio sexual e piadas e comentários sexistas.
Além do pagamento, o acordo proposto permitiria que as membros elegíveis da classe pudessem solicitar a reintegração ao programa de treinamento de agentes e exigiria que o FBI contratasse especialistas externos para garantir que seu processo de avaliação de estagiários fosse justo.
O FBI, que negou qualquer irregularidade, recusou-se a comentar sobre o acordo, mas afirmou em um comunicado que tomou medidas significativas nos últimos cinco anos para garantir a equidade de gênero no treinamento de agentes.
Menos de um quarto dos agentes especiais do FBI são mulheres, segundo um relatório emitido pela agência em abril.