Investing.com – Na reunião de política monetária de quarta-feira, Jerome Powell tem uma escolha “crucial”: aceitar ou resistir ao relaxamento das condições financeiras, segundo economistas do Citigroup.
Eles argumentam que reduzir as taxas em março seria precipitado, pois a inflação ainda supera a meta e a economia segue firme, conforme o último relatório de empregos.
Mas o Citi nota indícios de que o Fed possa estar se inclinando, de forma “dovish” (flexível), a cortar os juros, mesmo sem prever que a inflação alcance a meta.
A expectativa é que Powell mantenha seu otimismo nesta semana, mesmo com um aumento de 0,30% mensal no núcleo do IPC de novembro, acima do esperado, mas tolerável, diante dos números mais fracos anteriores.
“O ponto em comum entre Waller defendendo cortes em março e Powell discordando do momento, mas não da ideia, é uma crescente convicção entre os dirigentes do Fed de que cortes oportunos podem garantir um pouso suave emergente, amortizando a atividade para evitar uma recessão”, afirmaram analistas em um comunicado.
“Isso implica que Powell pode não querer apertar muito as condições financeiras nesta reunião.”
Porém, os economistas do Citi são menos confiantes.
“A inflação básica deve ficar em torno de 3%, e já há evidências suficientes para crer que os efeitos retardados das taxas mais altas provocarão um ciclo de perda de empregos e desaceleração da atividade”, concluíram os analistas.