LONDRES (Reuters) - A Fiat Chrysler (MI:FCHA) está buscando separar seu negócio de autopeças Magnetti Marelli para seus acionistas através de uma listagem de Milão que não irá arrecadar dinheiro vendendo novas ações, disseram quatro fontes familiarizadas com o assunto.
Sob o acordo, que visa aumentar a flexibilidade da Magnetti Marelli - inclusive para arrecadar dinheiro no futuro - os investidores da Fiat Chrysler receberão ações no fabricante de peças na proporção de sua participação existente na montadora, disseram fontes.
Conselheiros inicialmente analisaram uma possível oferta pública inicial para o negócio de peças de 99 anos para levantar dinheiro para reduzir a dívida da Fiat Chrysler, mas a família Agnelli - principal acionista da empresa - foi desencorajada por baixas avaliações da indústria e não queria que sua participação na Magneti Marelli fosse diluída, disseram três das fontes.
"Nesta fase, não vale a pena percorrer o caminho a do IPO", disse um deles. "Além de cortar a dívida da Fiat Chrysler, uma listagem não trará nenhum benefício imediato os investidores da empresa."
O movimento poderá ser anunciado pelo presidente-executivo da Fiat Chrysler, Sergio Marchionne, quando ele revelar seu novo plano de estratégia em 1º de junho, disseram as fontes.
O Goldman Sachs e o JPMorgan foram nomeados para separar a Magneti Marelli junto com os escritórios de advocacia Sullivan & Cromwell nos Estados Unidos e Legance na Itália, disseram as fontes.
O negócio poderia valer entre 3,6 e 5 bilhões de euros (4,4 a 6,2 bilhões de dólares), dizem os analistas.
(Por Mark Potter)