RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governo federal tomou as medidas para evitar uma recessão, disse nesta sexta-feira o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, classificando o trimestre atual como de transição e indicando que a economia brasileira irá melhorar na segunda metade do ano.
"O segundo trimestre é de transição", disse ele a jornalistas após participar de evento na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), ao repercutir o fraco desempenho da atividade entre janeiro e março.
O Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 0,2 por cento no primeiro trimestre em relação ao último trimestre de 2014, com o investimento recuando novamente e registrando a maior sequência negativa da série histórica, conforme dados apresentados pelo IBGE nesta manhã.
Em esforço para melhorar as expectativas sobre o fraco nível de atividade, Levy disse que o governo tomou medidas para conter a retração econômica e que outras ações serão adotadas para reanimar a atividade.
Ele citou que o Plano Safra 2015/2016 será lançado na próxima semana em valor expressivo, mencionou a alteração no compulsório de poupança como estímulo ao financiamento habitacional e fez referência ao novo nível de cotação do real frente ao dólar.
"Esperamos que alguns setores reajam ao novo câmbio", disse Levy.
Segundo o ministro, as medidas estão sendo adotadas para que a transição da economia ocorra "com o menor sacrifício possível".
Voltando a falar sobre a importância de manutenção da nota grau de investimento da economia brasileira pelas agências de classificação de risco, ele avaliou que a eventual perda desse selo poderia encarecer custos para empresas e prejudicar o nível de emprego.
(Por Rodrigo Viga Gaier e Caio Saad) 2015-05-29T190648Z_1006880001_LYNXMPEB4S11X_RTROPTP_1_NEGOCIOS-MACRO-LEVY-FIRJAN.JPG