Por Gabriel Codas
Investing.com - O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (3) mais uma edição do Boletim Focus, com analistas de mercado projetando o desempenho da economia brasileira nos próximos anos. O documento trouxe uma redução na estimativa do IPCA e também manteve a estimativa de que a Selic deva fechar o ano em 4,25%.
As novas projeções apontam para a inflação oficial de 2020 recuando de 3,47% para 3,40%, retração pela quinta semana consecutiva, sendo que há quatro semanas a aposta era de 3,60%. A aposta para o fechamento do calendário segue abaixo do centro da meta de 4,00% e dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Já para 2021, os analistas mantiveram as projeções do IPCA das últimas 60 semanas, estimando uma alta de 3,75%, dentro do centro da meta estabelecida para o ano que vem.
O atual cenário inflacionário menos negativo, no qual a taxa básica de juros fechou 2019 em 4,50%, o mercado passa agora a projetar apenas um corte de 25 pontos-base na próxima reunião do Copom em fevereiro, não prevendo mais o início do ciclo de alta de juros no fim do ano com uma adição de 0,25 ponto percentual na taxa básica no final do ano.
A novidade fica agora para 2021, com aposta mantendo avanços até chegar a 6,00%, representando uma mudança na projeção da taxa básica de juros do encerramento do ano que vem divulgada na semana passada, que era de 6,25% e de 6,50% há quatro semanas.
Em relação ao dólar, as apostas de 2020 foram mantidas em R$ 4,10, após encerrar 2019 a R$ 4,0195. Há quatro semanas, os analistas projetavam um dólar a R$ 4,09 no fim do ano. No ano que vem, as estimativas foram de R$ 4,00 para R$ 4,05, quebrando uma sequência de dez semanas com manutenção.
Os economistas ouvidos pelo BC reforçam a tendência positiva do final do ano, e mantiveram as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2020. O levantamento realizado pela autoridade monetária aponta o crescimento no país com leve variação negativa na comparação semanal, indo de 2,31% para 2,30%. Há quatro semanas, a estimativa era que o PIB tivesse avanço de 2,30%. Para 2021, a aposta também se manteve, em 2,50%, mantendo o mesmo patamar para 2022 e 2023.