Money Times - O Fundo Verde decidiu elevar a participação na Bolsa brasileira, mostra uma carta produzida pela equipe de Luis Stuhlberger e divulgada nesta quarta-feira (4). A posição em juro real se manteve constante e as alocações no mercado global não sofreram modificações.
“A posição comprada em bolsa brasileira foi ligeiramente aumentada, por vermos preços atrativos em setores ligados à economia doméstica”, destaca a gestora. Já a alocação comprada em dólar foi reduzida para 5%, por acreditar que os preços atuais já não justificam a alocação anterior.
Greve e Eleições
O Verde destaca que o mês passado continuou bastante volátil como reação de um cenário global mais desafiador, especialmente por conta da alta generalizada do dólar e do medo de um conflito comercial em escala mundial.
“No Brasil, temos duas forças simultâneas agindo sobre os preços de ativos: de um lado, a dinâmica de curto-prazo e efeitos secundários da greve dos caminhoneiros; do outro, o cenário eleitoral e toda incerteza que este carrega”, destaca a carta.
O Verde entende que, embora os efeitos negativos da greve sobre crescimento econômico pareçam menores do que o pensado um mês atrás, o cenário eleitoral ainda merece algumas ponderações.
As pesquisas continuam “rigorosamente estáveis” e não mudaram após a greve. Além disso, a gestora entende que os mercados se moveram da complacência total em janeiro para enorme preocupação recentemente, provavelmente subestimando o potencial de crescimento da principal candidatura do centro.
“Vemos o campo da esquerda como totalmente aberto, ao contrário do consenso que foca apenas nas chances de crescimento da candidatura Ciro Gomes”, ressalta o fundo.]
Por Money Times