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Fundo Stratus planeja listar InvestFarma e DGH Alimentos na bolsa em 2020

Publicado 29.10.2019, 17:16
© Reuters. Fachada da B3, a bolsa de valores de São Paulo
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Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A gestora brasileira de fundos de capital de risco Stratus pretende listar em 2020 mais duas de suas investidas no Bovespa Mais, segmento de acesso da B3, ampliando a aposta em movimentos de consolidação de mercado no país.

"Pretendemos listar a DGH Alimentos e a InvestFarma no ano que vem", disse à Reuters o fundador e diretor-executivo da Stratus, Álvaro Gonçalves.

Criada em 2018 para atuar na consolidação da indústria de alimentos de mercearia seca, a DGH fez seu primeiro investimento no Grupo Alnutri, que tem fábricas em Minas Gerais e Amazonas.

A InvestFarma, também criada no ano passado para consolidar redes farmacêuticas, fez o primeiro investimento na Poupafarma, resultado da fusão das redes Nova DM e Iporanga. A Poupafarma é a 15ª maior rede de drogarias do Brasil, com 83 lojas, com destaque no litoral e região metropolitana de São Paulo.

Segundo Gonçalves, as duas empresas são exemplos da infinidade de nichos de mercado no país que são altamente fragmentados e que podem ganhar eficiência com injeção de recursos para reforço de caixa, melhora da tecnologia, profissionalização e ganho de escala.

"Mesmo com alguns movimentos pontuais em andamento, inclusive de concorrentes de empresas que investimos, ainda há espaço enorme para consolidação no país", disse o executivo.

Ele citou como exemplo o caso do setor de drogarias, que tem uma rede estimada em 78 mil lojas no país, sendo que os maiores conglomerados do país detêm em conjunto cerca de 10 mil delas.

"Isso também acontece nos setores de transporte, de varejo, de tecnologia e de vários outros", disse.

Veterano da indústria de private equity, Gonçalves fundou a Stratus há duas décadas. Desde então, o fundo listou no Bovespa Mais várias companhias investidas, incluindo a rede de cinemas Cinesystem, a gestora de frotas corporativas Maestro e a empresa de logística rodoviária BBM.

O segmento de acesso da bolsa permite que as empresas se listem e ganhem proximidade com investidores potenciais, mas sem a obrigação de fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), movimento que dá ao fundo de private equity uma porta de saída do aporte feito anos antes.

Parte do portfólio do segundo fundo da Stratus, essas companhias tendem a seguir o caminho do caos mais conhecido da história da Stratus, a Sinqia, ex-Senior Solution, de TI. Quando recebeu aporte do fundo, em 2005, era avaliada em cerca de 10 milhões de reais. Após cerca de 15 anos de um ciclo de consolidação via aquisições, a companhia é avaliada em 1,1 bilhão de reais. A Stratus concluiu a saída do negócio em 2015.

Atualmente, as empresas do segundo fundo têm uma avaliação de mercado conjunta de cerca de 400 milhões de dólares, diz Gonçalves.

Uma das próximas candidatas a pegar o caminho do IPO pode ser a BBM, de caminhões, que desenvolveu um modelo de negócios que permite otimizar o uso da frota de caminhões em viagens de ida e volta, recurso pouco usado por pequenas empresas de transporte rodoviário.

© Reuters. Fachada da B3, a bolsa de valores de São Paulo

"Por causa da recessão do país e de uma política equivocada de estímulo à compra de caminhões, o setor ficou todo desarrumado no país", disse Gonçalves.

Ao subcontratar pequenos negócios e conectá-los a um rede de alcance nacional, num modelo que lembra vagamente o do aplicativo Uber (NYSE:UBER), a BBM multiplicou a receita rapidamente. Em 2017 foram 250 milhões de reais. Para este ano, a previsão é de faturamento de 1 bilhão de reais.

Enquanto amadurece as empresas do segundo fundo, a Stratus trabalha na captação de um terceiro, a exemplo dos anteriores, de 200 milhões de dólares, e que deve ser concluído no começo de 2020, disse o executivo.

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