Investing.com - O índice futuro da bolsa brasileira iniciou a jornada desta quinta-feira com perdas de 0,93% aos 72.800 pontos; Mais uma vez o noticiário político domina a pauta, com os investidores preocupados com o adiamento da confirmação sobre a data da votação do projeto de reforma da Previdência.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o governo chegou à conclusão de que ainda não tem os votos necessários para fazer com que o texto avance na primeira votação. Sendo assim, o Temer quer mais tempo antes de marcar a data.
O Planalto contabiliza 260 deputados a favor do texto, o que deixa a uma distância de 48 votos para a aprovação da PEC na primeira votação na Câmara. Segundo informações da Broadcast, Temer teria pedido para que Beto Mansur (PRB-SP) fizesse a recontagem de votos até o meio dia desta quinta-feira.
A estratégia do governo para conquistas os apoios passa por uma rodada de reuniões com lideranças e deputados indecisos. Temer estaria disposto a disponibilizar mais verbas para as emendas dos parlamentares.
Alguns partidos têm mostrado maior resistência em votar a Previdência ainda neste ano. É o caso do DEM de Agripino Maia e o PP de Ciro Nogueira.
Em meio ao cenário incerto, Mansur admite a possibilidade de a reforma ser votada só na terceira semana de dezembro, antes do recesso, previsto para o dia 23. Essa indefinição faz com que o governo aceite levar a PEC para votação sem ter atingido os 330 votos que vislumbrava, podendo marcar a data assim que conquistar o apoio de 290 deputados.
Apesar da intenção do governo de votar a reforma sem ter atingido o mínimo de votos necessários, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) destacou que só irá colocar o assunto na pauta para votação quando o governo tiver atingido o mínimo de votos.