Por Senad Karaahmetovic
A General Motors (BVMF:GMCO34) (NYSE:GM) apresentou resultados abaixo das expectativas para o 2º tri, o que fez com que suas ações registrassem queda de 2,58% por volta das 13h10 desta terça-feira.
No entanto, a fabricante automotiva reiterou sua projeção anterior de resultados para todo o ano, afirmando que está confiante de que conseguirá aumentar a produção no segundo semestre de 2022.
A GM apurou um LPA ajustado de US$ 1,14 no 2º tri, uma queda em relação a US$ 1,97 no mesmo período do ano passado e abaixo das estimativas consensuais de US$ 1,20 por ação. A receita foi de US$ 35,76 bilhões, em comparação com US$ 34,17 bilhões no mesmo trimestre do ano passado e com as estimativas de US$ 33,58 bilhões dos analistas.
O Ebit ajustado atingiu US$ 2,34 bilhões no trimestre, ante US$ 4,12 bilhões no mesmo trimestre do ano passado. A margem Ebit ajustada ficou em 6,6%, uma queda perante 11,2% no trimestre anterior e 12% no mesmo período do ano passado.
A companhia ressaltou que não conseguiu satisfazer as estimativas consensuais, por não ter conseguido entregar quase 100.000 veículos ao final do período de três meses, em razão da escassez de peças.
“Vínhamos operando com volumes menores devido à escassez de semicondutores no último ano, e entregamos resultados fortes, apesar dessas pressões”, disse a CEO da GM, Mary Barra.
Ao falar sobre as preocupações macro, Barra afirma que a GM “já está tomando medidas proativas para gerenciar custos e fluxos de caixa, inclusive a redução de gastos discricionários e limitação das contratações às necessidades essenciais que respaldem o crescimento”.
“Também modelamos diversos cenários de crise e estamos preparados para tomar uma ação deliberada, se necessário”, declarou.
Um analista da Wedbush disse que a GM entregou resultados “em linha”.
“É hora de a GM botar a mão na massa e não ficar apenas falando, já que a paciência está acabando em Wall Street com a empresa. A companhia tem grandes obstáculos pelo caminho nos próximos 6-9 meses para mostrar uma forte execução da sua estratégia de VEs, apesar dos ventos contrários do cenário macro e da crise da cadeia de suprimentos, que continua no centro das atenções. Qualquer tropeço pode desestruturar a estratégia mais ampla de VEs, dado que a empresa tem um ano crucial pela frente”, disse o analista em nota aos clientes.