Por Michael Elkins
A General Motors (NYSE:GM) anunciou na terça-feira, 4, que cerca de 5.000 colaboradores haviam aderido a um programa de demissão voluntária, como parte de um movimento de corte de custos que, segundo o diretor financeiro Paul Jacobson, permitirá que a empresa economize US$ 1 bilhão por ano.
As demissões voluntárias correspondem a 6% dos 81.000 profissionais que não trabalham na linha de produção da GM e devem permitir que a montadora de Detroit evite faça demissões sem justa causa, de acordo com Jacobson. As reduções de pessoal também devem representar cerca de metade da meta mais ampla da companhia de economizar US$ 2 bilhões por ano.
A GM estabeleceu uma meta de cortar US$ 2 bilhões em custos operacionais até o fim de 2024, sendo que 30% a 50% do total deve ser alcançado este ano A resposta ao programa de demissão voluntária permitirá que a GM atinja o topo dessa meta em 2023, segundo Jacobson, durante uma conferência do Bank of America (NYSE:BAC).
A CEO da GM, Mary Barra, declarou, em um memorando interno circulado ontem, que a redução de pessoal viabilizada pelos cortes de centenas de trabalhadores e pelo programa de demissão voluntária permitirá que a companhia alcance cerca de US$ 1 bilhão da meta de US$ 2 bilhões em cortes de despesas. A executiva complementou dizendo que a companhia não estava avaliando qualquer iniciativa de dispensa sem justa causa neste momento.
Jacobson revelou que a GM alocaria 75% das suas despesas anuais de capital em projetos de veículos elétricos e que a companhia deve se beneficiar dos subsídios do governo americano para o segmento, nos termos da Lei de Redução da Inflação, graças aos seus investimentos em baterias, matérias-primas e montagem de veículos elétricos na América do Norte.
A GM cortará ainda mais os custos através da redução da complexidade dos veículos, expandindo o uso de subsistemas compartilhados entre os modelos movidos à gasolina e elétricos, concentrando investimentos em iniciativas de crescimento, com benefícios de curto prazo, além de diminuir "os gastos em toda a empresa, inclusive viagens e marketing", segundo Barra.
As ações da GM se desvalorizavam 2,64% por volta das 13h30 no pregão desta quarta-feira, em Nova York.