Por Marcelo Rochabrun
SÃO PAULO (Reuters) - A General Motors (NYSE:GM) planeja manter suas fábricas no Brasil paradas por pelo menos mais 60 dias a partir da segunda-feira, afirmou a companhia nesta quinta-feira, em meio à votação do último grupo de trabalhadores sobre sua proposta de enfrentamento da crise gerada pela epidemia de coronavírus.
As fábricas da GM no Brasil estão fechadas desde 30 de março, quando a companhia deu férias coletivas para os funcionários em meio às medidas de quarentena adotadas por Estados e municípios.
O prazo de paralisação deixa a GM atrás de cronogramas definidos para retomada de trabalhos em fábricas de montadoras europeias, que estão afirmando que pretendem voltar a produzir até o final deste mês. Nos Estados Unidos, montadoras incluindo Fiat Chrysler e Toyota esperam retomar a produção no começo de maio.
A GM não definiu prazo para reabertura de fábrica em outras regiões do mundo.
A montadora norte-americana afirmou que a maioria de seus funcionários no Brasil aceitaram o plano de fechamento das fábricas e redução de salário em até 25%. A base sindical que ainda não decidiu, São José dos Campos (SP), deve terminar a votação na noite desta quinta-feira.
Se a crise do coronavírus não permitir a retomada das fábricas dentro de 60 dias, a GM poderá prorrogar a paralisação para 90 dias, segundo documento visto pela Reuters.
(Por Marcelo Rochabrun)