Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - A Aliansce (SA:ALSO3) Sonae deve ser a única administradora de shoppings no Brasil sob a cobertura do Goldman Sachs a apresentar um nível de fluxo de caixa de operações, ou FFO, semelhante ao período pré-pandemia por conta dos esforços de gerenciamento da dívida da empresa, disseram os analistas do banco americano em relatório.
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Segundo o documento desta sexta-feira (5), ainda assim, a empresa, junto da BRMalls, deve ter uma queda forte no indicador por maiores despesas financeiras, justificadas pela exposição das empresas à dívidas ligadas à inflação.
Para os analistas, os efeitos dos lockdowns por conta da Covid-19 ainda devem ser observados nos resultados do quarto trimestre dos shoppings brasileiros, mas com impacto menor que no restante de 2020 por conta do processo de reabertura no final do ano.
Assim, todas as administradoras devem apresentar uma queda no FFO na base anual, com o Iguatemi (SA:IGTA3) e a Multiplan (SA:MULT3) em melhor posição por conta da retirada dos descontos dados durante a pandemia.
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Os analistas reduziram as estimativas para o FFO do setor em 6%, na média, com resultados impactados por descontos em aluguéis e menor arrecadação com estacionamento, além de um aumento nas despesas administrativas por conta de gastos com a reabertura em meio às exigências sanitárias.
O banco manteve a recomendação de Compra para a BRMalls e a Aliansce Sonae, com preços-alvo de R$ 11,50 e R$ 33,00, respectivamente. Para a Iguatemi, mantiveram a recomendação Neutra, com preço de R$ 38,00, e, para a Multiplan, de Venda, com preço de R$ 19,00.
Para 2021, os analistas também reduziram o FFO, desta vez em 13%, com expectativas de maior impacto da segunda onda do coronavírus no país do que o previsto anteriormente.