Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governo decidiu leiloar o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, em bloco e quem arrematar o terminal carioca no certame previsto para 2018 terá que carregar outros sete terminais da Infraero considerados deficitários, disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto.
Essa foi a condição estabelecida pelo governo para que o Santos Dumont , um dos terminais mais importantes e mais movimentados do país, seja colocado em leilão. Os técnicos do governo ainda discutem o melhor modelo, se por concessão ou por privatização.
“Falta uma posição final se será concessão ou privatização. Os técnicos defendem uma concessão por ser um modelo já estabelecido, conhecido e mais ágil”, disse a fonte, ao lembrar que os terminais que vem sendo entregues pelo governo à iniciativa privada nos últimos anos foram pelo modelo de concessão.
Segundo a fonte, que falou sob a condição de anonimato, o grupo interessado no Santos Dumont terá que levar os terminais de Jacarepaguá (RJ), Macaé (RJ), Vitória (ES), Uberlândia (MG), Uberaba (MG), Pampulha (MG) e Carlos Prates (MG).
“O Santos Dumont é o filé e os demais temos aeroportos deficitários, mas que juntos podem ser superavitários e atrativos”, avaliou a fonte.
A estimativa é que o governo possa arrecadar com o leilão em bloco do Santos Dumont ao menos 2 bilhões de reais que poderiam ajudar governo em seus compromissos fiscais. Há um esforço dentro do governo para definir logo os últimos detalhes do leilão para tentar acelerar e antecipar o certame.
(Edição de Alexandre Caverni)