(Reuters) - O leilão de privatização da distribuidora de energia elétrica Celg-D, controlada pela Eletrobras (SA:ELET3), está mantido para a próxima sexta-feira mesmo em meio a críticas de diversos investidores ao preço fixado para a licitação, afirmou nesta sexta-feira o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia.
O valor mínimo de cerca de 2,8 bilhões de reais fixado pela venda das participação da Eletrobras e do governo de Goiás na companhia foi apontado como muito elevado por empresas privadas como CPFL (SA:CPFE3), Equatorial (SA:EQTL3) e Energisa (SA:ENGI4) em comentários recentes à imprensa.
"Nós temos confiança de que o leilão vai ter interessados, pela qualidade do ativo Celg... o mercado de Goiás é muito especial, é um mercado que cresce... Está mantido (o leilão)", afirmou o secretário-executivo Paulo Pedrosa após participar de evento em São Paulo.
O secretário disse que a Celg, que atende 2 milhões de unidades consumidoras e distribui energia que representa 2,4 por cento do consumo do Brasil, é o melhor ativo de distribuição de eletricidade dentre os que devem ser oferecidos ao mercado nos próximos anos, um grupo que deve incluir mais seis distribuidoras da Eletrobras que atuam no Norte e Nordeste.
"Certamente é a melhor oportunidade de investimento em distribuição de toda a carteira que está sendo colocada... seja nosso (do governo), seja o que está eventualmente para ser transacionado no ambiente privado", afirmou Pedrosa.
(Por Luciano Costa)