SÃO PAULO (Reuters) - O GPA (SA:PCAR3) teve prejuízo líquido de 130 milhões de reais no primeiro trimestre, após lucro de 126 milhões obtido na mesma etapa de 2019, refletindo impacto da compra do grupo colombiano Almacenes Éxito, que ofuscou a alta das vendas do período.
Em termos ajustados, o GPA, dono das bandeiras Pão de Açúcar e Extra, teve lucro líquido consolidado atribuível aos controladores de 65 milhões de reais, queda de 60% sobre o desempenho de um ano antes.
A aquisição do Éxito ocorreu em meio à reorganização dos ativos do controlador do GPA, o francês Casino. Em novembro, a reestruturação de ativos do Casino na América Latina foi concluída, permitindo à empresa brasileira registrar receitas na Argentina, Colômbia e Uruguai.
No balanço, o GPA afirmou que mantém plano de expansão, mas que por conta das incertezas geradas pela pandemia de Covid-19 "algumas alterações de prazos ou eventuais postergações podem ocorrer".
A receita líquida da companhia disparou 55% no período, para 19,7 bilhões de reais.
A empresa teve resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 1,19 bilhão de reais, crescimento de 38% na base anual. Sem ajustes, o Ebitda subiu cerca de 13%, para 918 milhões de reais.
O investimento do GPA no Brasil subiu 29,4% no período, para 591 milhões de reais, impulsionado por expansão de 70,5% nos gastos com novas lojas e compras de terrenos e alta de 33% nos desembolsos para reformas e conversões.
A empresa fechou março com 1.072 lojas no Brasil, quatro a menos que em dezembro. A base de lojas Assaí, um dos principais motores de crescimento do grupo passou de 166 para 167 unidades.
(Por Gabriela Mello)