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Grandes marcas e veto a petróleo castigam Rússia; Moscou faz nova promessa sobre refugiados

Publicado 08.03.2022, 20:38
Atualizado 08.03.2022, 20:40
© Reuters. Tanques russos destruídos em região de Sumy
07/03/2022
Irina Rybakova/Serviço de Imprensa das Forças Ucranianas/Divulgação via REUTERS
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Por Steve Holland e Pavel Polityuk

WASHINGTON/LVIV, Ucrânia (Reuters) - Uma proibição dos Estados Unidos às importações de petróleo da Rússia aumentou a punição pela invasão da Ucrânia, nesta terça-feira, quando McDonald's e Starbucks fecharam lojas e Moscou prometeu passagem segura para alguns fugirem depois que Kiev disse que uma rota foi bombardeada.

Com o número de refugiados gerado pelo maior ataque a um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial ultrapassando 2 milhões, várias das marcas mais famosas internacionalmente se somaram ao isolamento global do Kremlin no 13º dia da incursão.

O McDonald's, um símbolo do capitalismo que surgiu na Rússia quando a União Soviética caiu, e a rede de cafeterias Starbucks fecharão temporariamente as lojas, enquanto a Pepsi deixará de vender suas marcas de refrigerantes e a Coca-Cola interromperá os negócios no país.

Uma proibição imediata do petróleo russo e de outras importações de energia elevará os preços da energia nos EUA, mas o presidente Joe Biden disse que é necessário punir o líder russo, Vladimir Putin, pelo ataque.

"O povo americano dará outro golpe poderoso na máquina de guerra de Putin", afirmou.

"A Rússia pode continuar avançando a um preço horrível, mas isso já está claro: a Ucrânia nunca será uma vitória para Putin."

Moscou descreve suas ações como uma "operação especial" para desarmar a Ucrânia e destituir líderes que chama de neonazistas.

A Ucrânia e aliados ocidentais chamam isso de pretexto infundado para uma invasão que levantou temores de um conflito mais amplo na Europa e pode causar mais um revés na economia mundial enquanto ela tenta se recuperar da pandemia de coronavírus.

Civis fugiram da cidade sitiada de Sumy nesta terça-feira no primeiro "corredor humanitário" aberto desde a invasão da Rússia, mas a Ucrânia acusou as forças russas de bombardear outra rota de retirada, a partir de Mariupol, no sul do país.

Negociações entre Kiev e Moscou sobre passagem segura fracassaram anteriormente, com a Ucrânia se opondo a rotas de saída do país para a Rússia ou sua aliada Belarus.

Moscou está pronta para fornecer corredores humanitários para que as pessoas possam deixar a capital Kiev e outras quatro cidades - Chernihiv, Sumy, Kharkiv e Mariupol - na quarta-feira, disse Mikhail Mizintsev, chefe do Centro de Controle de Defesa Nacional da Rússia, segundo a agência de notícias Tass.

"Para garantir a segurança de civis e cidadãos estrangeiros, a Rússia observará um regime de silêncio a partir das 10h, horário de Moscou (4h de Brasília), em 9 de março, e está pronta para fornecer corredores humanitários", disse ele. Não ficou claro se as rotas propostas passariam pela Rússia ou por Belarus.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, renovou nesta terça-feira pedidos por mais sanções e zonas de exclusão aérea, algo que o Ocidente rejeitou por temer uma escalada do conflito.

As sanções ocidentais até agora tinham se concentrado principalmente em indivíduos e instituições financeiras. Petróleo e gás natural da Rússia, o maior exportador mundial, tinham sido excluídos.

Os Estados Unidos não são os principais compradores de petróleo russo, e os europeus, que dependem muito mais dele, têm relutado mais em dar esse passo.

© Reuters. Tanques russos destruídos em região de Sumy
07/03/2022
Irina Rybakova/Serviço de Imprensa das Forças Ucranianas/Divulgação via REUTERS

Vyacheslav Volodin, presidente da câmara baixa do parlamento Duma da Rússia, disse que as medidas prejudicariam a Europa e ajudariam os Estados Unidos.

"Ao promover sanções contra os recursos energéticos russos, Washington busca ocupar o mercado europeu", declarou ele em um post online.

O Reino Unido disse que também eliminará gradualmente a importação de petróleo e derivados russos até o final de 2022. A UE publicou planos para reduzir sua dependência do gás russo em dois terços este ano.

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