Por Nick Carey e Ben Klayman
DETROIT, Estados Unidos (Reuters) - A General Motors (NYSE:GM) cortou nesta terça-feira projeção de resultado em 2019, afirmando que a greve de 40 dias em suas fábricas nos Estados Unidos representará um custo de cerca de 3 bilhões de dólares neste ano.
Mas as ações da GM subiam, apoiadas em um lucro líquido trimestral melhor que o esperado. O resultado veio apoiado em vendas elevadas nos EUA de picapes e utilitários esportivos (SUV), que têm margens maiores.
"Os negócios foram fortes neste trimestre", disse a vice-presidente financeira da GM, Dhivya Suryadevara, a jornalistas na sede da montadora. Ela descreveu a greve como impacto não recorrente e que a GM deixou de produzir 300 mil veículos durante a paralisação.
A GM informou que espera que o lucro ajustado do ano fique entre 4,50 e 4,80 dólares por ação ante previsão anterior entre 6,50 e 7 dólares por papel.
A companhia também reduziu sua projeção de investimento este ano para cerca de 7,5 bilhões de dólares. A estimativa anterior era de entre 8 bilhões e 9 bilhões de dólares.
A GM teve lucro líquido de terceiro trimestre de 2,3 bilhões de dólares, ou 1,60 dólar por ação, ante 2,5 bilhões, ou 1,75 dólar por papel, um ano antes. Em termos ajustados, a GM teve lucro de 1,72 dólar por ação enquanto analistas esperavam, em média, 1,31 dólar por papel, segundo dados da Refinitiv.
A receita da montadora caiu para 35,47 bilhões de dólares ante 35,79 bilhões no terceiro trimestre do ano passado. A projeção média de analistas indicava faturamento de 33,82 bilhões de dólares no período.