Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - A Heineken (AS:HEIN) teve desempenho melhor do que o esperado no terceiro trimestre, com um surpreendente aumento nas vendas de cerveja nas Américas, mas disse que a incerteza ainda causada pela pandemia de Covid-19 a impede de fornecer uma previsão confiável para 2020.
A segunda maior fabricante de cerveja do mundo disse esperar um último trimestre volátil, à medida que novas restrições foram impostas por muitos países da Europa, incluindo com o fechamento de bares e restaurantes. Na Ásia, novas restrições estão em vigor na Malásia, Mianmar e Sri Lanka.
A cervejaria suspendeu sua previsão para 2020 em abril, conforme a pandemia tomou conta do mundo. Nesta quarta-feira, a companhia disse que fornecerá apenas uma visão geral para o resto do ano.
A Heineken disse que lucrará menos por volume vendido diante da transição do consumo em bares para lojas, enquanto os custos provavelmente serão mais altos do que no ano anterior.
A cervejaria já reduziu gastos e algumas despesas de capital. Também afirmou que irá começar a reestruturar a sua sede e escritórios regionais em 2021, com o objetivo de reduzir custos de equipe em 20%.
No geral, os volumes de cerveja da Heineken caíram 1,9% em uma base comparável no terceiro trimestre. Isso se compara a uma queda média esperada de 5,9% em pesquisa compilada pela empresa.
Todas as regiões se saíram melhor do que o esperado, exceto a Ásia, que teve queda no seu segundo mercado mais importante, o Vietnã.
Nas Américas, os volumes de cerveja aumentaram 2,5%, com crescimento de cerca de 10% nos Estados Unidos e no Brasil, onde a Heineken está se expandindo após uma aquisição em 2017 que a tornou a segunda maior cervejaria do mercado, atrás da Ambev.