RIO DE JANEIRO (Reuters) - A refinaria de alumina Hydro Alunorte, do grupo norueguês Hydro, está se preparando para reduzir a produção em 50 por cento a partir de 1º de março, conforme determinado pela Secretaria de Meio Ambiente do Pará (Semas), informou a empresa em nota nesta quarta-feira.
Além disso, a empresa pode receber uma multa diária de aproximadamente 500 mil reais, se não cumprir com a redução dentro do prazo estipulado, disse a empresa.
A determinação foi feita após a empresa descumprir uma outra ordem do órgão para que reduzisse os níveis das bacias de rejeitos em Barcarena, região metropolitana de Belém, após um laudo apontar o vazamentos de rejeitos da empresa.
O laudo, encomendado ao Instituto Evandro Chagas (IEC) pelos ministérios públicos federal e estadual no Pará, na semana passada, indicou que rejeitos de beneficiamento de bauxita da empresa teriam sido despejados no meio ambiente em 17 de fevereiro, após fortes chuvas na região.
A Alunorte é a maior refinaria de alumina do mundo, transformando bauxita em alumina, que depois vira alumínio em fundições.
Na terça-feira, a Semas explicou que a empresa não cumpriu prazo de 48 horas, expirado na segunda-feira, dado pelo governo do Estado, para que a Hydro reduzisse os níveis das bacias de resíduos ao nível de pelo menos um metro.
Segundo a Hydro, o nível de um metro exigido foi alcançado no dia seguinte ao estipulado.
A empresa informou que o corte de produção poderá vir a ter consequências financeiras e operacionais significativas para a empresa, mas que ainda avalia a dimensão e o impacto da medida.
"A Hydro Alunorte está, nesse momento, se preparando para cumprir a exigência da Semas. Planos de contingência serão implementados para reduzir o potencial efeito negativo sobre os clientes", disse a empresa na nota.
(Por Marta Nogueira)