A paz selada na noite de segunda-feira entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, dá fôlego ao Índice Bovespa na manhã desta terça-feira, 6, com o investidor atento à promessa de avanço das reformas estruturais. Ontem o índice já havia subido 2,21%, superando a marca dos 96 mil pontos, e hoje tem como "meta" o patamar dos 98 mil pontos.
A trégua no cenário político começou com a sinalização de que o governo manterá o respeito ao teto de gastos na busca pelo financiamento do programa Renda Cidadã e foi coroado pelo jantar entre Maia e Guedes, no qual ambos se comprometeram a dar andamento à agenda econômica no Congresso. Maia pediu desculpas a Guedes por declarações recentes, como a que definiu o ministro da Economia como "desequilibrado". Já Guedes prometeu que "estamos voltando aos trilhos da reforma."
No exterior, os índices futuros das bolsas de Nova York operam majoritariamente em alta nesta manhã, em meio ao alívio com a alta hospitalar do presidente Donald Trump e diante da divulgação de pesquisas eleitorais apontando para o aumento da vantagem do candidato democrata, Joe Biden. Estão no radar ainda as negociações no Congresso americano em torno de novo pacote de incentivos à atividade econômica. Segundo fontes, a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, afirmou hoje que as negociações com o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, sobre uma nova rodada de estímulos fiscais estão avançando "muito lentamente".
Às 10h08 desta terça, o Ibovespa registrava 97.065,81 pontos, em alta de 1,02%. Em Nova York, os futuros do índice Dow Jones e do S&P500 avançavam 0,50% e 0,18%, respectivamente. Já o Nasdaq realizava lucros e perdia 0,18%. Na Europa o sinal é majoritariamente positivo, depois que a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que a autoridade monetária está preparada para injetar novos estímulos da economia da região.