Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice de ações de B3 subia na manhã desta terça-feira, favorecido pelo viés benigno em praças acionárias na Europa e futuros em Wall Street, em dia com poucas divulgações relevantes no cenário doméstico.
Às 11:05, o Ibovespa subia 0,71 por cento, a 73.356 pontos. O volume financeiro somava 1,18 bilhão de reais.
"Sem muitas novidades no campo interno, a bolsa acaba seguindo o exterior e também os preços de commodities", afirmou o analista Vitor Suzaki, da corretora Lerosa.
No exterior, um acordo sobre imigração na Alemanha ajudava os índices europeus, enquanto os norte-americanos S&P 500 e Dow Jones eram apoiados no avanço de papéis de energia com a alta dos preços do petróleo.
As bolsas norte-americanas fecharão mais cedo nesta sessão, 14h (horário de Brasília), véspera do feriado de 4 de Julho nos Estados Unidos, quando não haverá negociações em Wall Street.
O clima externo mais favorável era ajudado por declaração do presidente do banco central chinês, Yi Gang, de que está observando de perto as flutuações no mercado de câmbio e que buscará manter o iuan estável e em nível razoável.
Em nota a clientes, a equipe de análise técnica do Itaú BBA disse que o Ibovespa segue em um movimento de recuperação em direção à forte resistência em 74.100 pontos - patamar que mantém o índice em tendência de baixa no curto prazo.
"Acima desta, o movimento de alta poderá continuar e encontrará próximas resistências em 76.500 e 78.900 pontos", escreveram Fábio Perina e Larissa Nappo. "Do outro lado, o Ibovespa possui suporte inicial em 71.500 pontos."
DESTAQUES
- BRF (SA:BRFS3) subia 2,28 por cento, ainda entre as maiores altas do Ibovespa, enquanto investidores seguem repercutindo o anúncio de um plano de desinvestimentos pela companhia para reduzir seu endividamento.
- PETROBRAS PN (SA:PETR4) e PETROBRAS ON (SA:PETR3) subiam 1,26 e 1,02 por cento, respectivamente, em sessão com alta nos preços do petróleo e noticíário intenso sobre a petrolífera de controle estatal, incluindo suspensão dos processos competitivos para parcerias em refino e também de desinvestimentos na Araucária Nitrogenados e na Transportadora Associada de Gás (TAG).
- VALE (SA:VALE3) avançava 0,47 por cento, recuperando-se da queda da véspera, em pregão mais positivo para as cotações do minério de ferro na China.
- ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) subia 0,77 por cento e BRADESCO PN (SA:BBDC4) tinha alta de 1,58 por cento, endossando o viés mais positivo no pregão brasileiro, dada as relevantes fatias que detêm na composição do Ibovespa.
- TAESA (SA:TAEE11) avançava 2,12 por cento. Na véspera, a XP Investimentos recomendou a compra dos papéis dentro de sua carteia de dividendos para julho, citando entre os argumentos estabilidade do segmento de transmissão de energia elétrica, baseado em uma estrutura de receitas fixas.
- CYRELA ON (SA:CYRE3) se valorizava 1,2 por cento e MRV (SA:MRVE3) ganhava 0,92 por cento. A pauta da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado nesta sessão prevê votação do projeto de lei que trata da mudança nas regras dos distratos.
- ELETROBRAS PNB (SA:ELET6) e ELETROBRAS ON (SA:ELET3) recuavam 0,54 e 1,07 por cento, respectivamente, com os investidores ainda na expectativa de leilão para a privatização de seis distribuidoras de energia da companhia elétrica estatal, agendado para o dia 26 de julho.
- SMILES ON (SA:SMLS3) caía 2,38 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa. O Itaú BBA excluiu os papéis de sua carteira TOP 5.