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Ibovespa avança 1% e fecha acima de 127 mil pontos com China; Vale salta mais de 5%

Publicado 09.12.2024, 18:03
Atualizado 09.12.2024, 18:40
© Reuters. Painel da B3 em São Paulon5/8/2024 nREUTERS/Carla Carniel/Arquivo
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, com as ações de mineradoras e siderúrgicas entre os destaques positivos, entre elas Vale, que saltou mais de 5%, após a China anunciar que adotará políticas fiscais proativas e uma política monetária "adequadamente frouxa" no próximo ano.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 1%, a 127.210,19 pontos, tendo marcado 127.541,62 pontos na máxima e 125.945,89 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou 21,29 bilhões de reais.

De acordo com relato da mídia estatal sobre uma reunião das principais autoridades do Partido Comunista, o Politburo, a China adotará uma política monetária "moderadamente frouxa", uma mudança em relação à política "prudente" adotada pela última vez em 2010.

O governo da segunda maior economia do mundo também estabilizará os mercados de ações e de imóveis e deverá impulsionar "vigorosamente" o consumo e expandir a demanda doméstica "em todas as direções", divulgou a agência de notícias estatal Xinhua, citando o Politburo.

A reunião do Politburo precede a Conferência Anual de Trabalho Econômico Central nesta semana, que define as principais metas e intenções de políticas para o próximo ano.

Na visão do especialista em investimentos da Valor Investimentos Daniel Teles, os planos anunciados pela China foram o grande destaque do dia e, no caso da bolsa paulista, tendem a beneficiar empresas que exportam para aquele país, entre elas Vale, que detém um peso relevante no Ibovespa.

"Há ainda muito receio com a situação fiscal do Brasil, mas as notícias de estímulo econômico na China foram boas para alguns setores que pesam no Ibovespa, o que acabou jogando o índice para cima", afirmou.

Em relação às medidas de contenção de gastos anunciadas pelo governo federal no final do mês passado, um impasse sobre os efeitos da decisão do ministro Flávio Dino, do STF, que impôs condições para o pagamento de emendas parlamentares, travou o avanço do pacote fiscal na Câmara dos Deputados.

Uma fonte ligada ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse à Reuters que sem um recuo de Dino e do Supremo -- cujo plenário referendou a decisão do ministro -- e a retomada da liberação das emendas é "muito provável" que nada avance este ano na Casa.

Pelo calendário legislativo, o governo tem apenas mais duas semanas de trabalhos dos parlamentares para aprovar o pacote fiscal, que prevê uma contenção de despesas públicas de cerca de 70 bilhões de reais até 2026.

"Preocupações com as contas públicas, inflação desancorada, a pressão do dólar acima de 6,00 reais e a expectativa de aumento de juros mais agressivo devem continuar pesando sobre o mercado", afirmou a equipe da Ágora Investimentos, citando ainda a expectativa de um aperto monetário maior pelo Banco Central.

"Entre os economistas, o consenso é de aumento de 0,75 ponto percentual da Selic na quarta-feira, enquanto a curva do DI indica possibilidade de 1 ponto", disse em relatório a clientes.

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) saltou 5,32%, apoiada pelo movimento dos preços futuros do minério de ferro no exterior na expectativa de mais estímulos na China, o que embalou ações de mineração e siderurgia como um todo na bolsa paulista. CSN MINERAÇÃO ON (BVMF:CMIN3) subiu 6,68%, CSN ON (BVMF:CSNA3) valorizou-se 4,39%, USIMINAS PNA (BVMF:USIM5) ganhou 2,34% e GERDAU PN (BVMF:GGBR4) fechou negociada com acréscimo de 3,32%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) avançou 2,59%, ajudada pelo desempenho dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent, usado como referência pela estatal, fechou negociado em alta de 1,43%, a 72,14 dólares, também reagindo ao noticiário da China. As cotações do petróleo ainda tiveram suporte nas incertezas após rebeldes tomarem a capital da Síria e o presidente Bashar al-Assad fugir para a Rússia.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) subiu 0,49%, destoando dos demais bancos no Ibovespa. BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) caiu 0,65%, BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) perdeu 0,24% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) recuou 0,9%.

- YDUQS ON (BVMF:YDUQ3) valorizou-se 2,65%, após anunciar a compra da Edufor, que mantém escolas de medicina em São Luiz, por 145 milhões de reais. A Edufor oferece 13 cursos superiores, com 118 vagas de medicina. Analistas do Citi consideraram o negócio oportunista, citando valuation relativamente barato (1 milhão a 1,2 milhão de reais por vaga) e méritos estratégicos. No setor, COGNA ON (BVMF:COGN3) recuou 4,17%.

© Reuters. Painel da B3 em São Paulo
5/8/2024 
REUTERS/Carla Carniel/Arquivo

- PETZ ON (BVMF:PETZ3) perdeu 4,51%, pressionada pelo movimento de alta na curva de DI, em meio a preocupações com tramitação do pacote fiscal no Congresso, o que afetou outros papéis do setor de varejo e consumo, assim como do ramo imobiliário.

- LOCALIZA ON (BVMF:RENT3) caiu 3,93%, tocando mínimas desde o final de maio de 2020, em meio a preocupações sobre os potenciais efeitos do aperto monetário no país. De acordo com analistas do Itaú BBA, se o padrão histórico se repetir, o ciclo de alta pode reacelerar a queda vista nos preços de carros usados, potencialmente acima da embutida na previsão da Localiza, criando um risco de baixa para a estimativa para 2025.

- TIM ON (BVMF:TIMS3) perdeu 3,17%, tendo como pano de fundo relatório do UBS BB cortando a recomendação dos papéis de compra para neutra e reduzindo o preço-alvo das ações de 21,60 reais para 17 reais. Analistas do UBS BB citaram "menos clareza sobre o crescimento da receita, apesar das margens saudáveis". Na sexta-feira, as ações da TIM fecharam a 16,11 reais. No setor, TELEFÔNICA BRASIL ON (BVMF:VIVT3) cedeu 1,14%.

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