Depois da recuperação registrada na quinta-feira, quando subiu 1,27%, o Índice Bovespa sucumbiu ao mau humor das bolsas de Nova York e iniciou o dia em queda, já perdendo o patamar dos 95 mil pontos. A escalada dos casos de covid-19 na Europa e Estados Unidos e a proximidade da eleição presidencial americana, na terça-feira, estão entre os motivos que levam os índices americanos também ao terreno negativo nesta manhã, mesmo com indicadores econômicos melhores que o esperado.
Os gastos com consumo nos Estados Unidos subiram 1,4% em setembro ante agosto, resultado superior à expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam acréscimo de 1%. Já a renda pessoal avançou 0,9% no período, também superando o consenso do mercado, que era de alta de 0,5%.
A pesquisa também mostrou que o índice de preços de gastos com consumo (PCE) - medida de inflação preferida do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) subiu 0,3% em setembro ante agosto.
No Brasil, destaque para o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras (SA:PETR4) e Eletrobras (SA:ELET3)), que apresentou déficit primário de R$ 64,559 bilhões em setembro, informou o Banco Central. Apesar de ter sido menor que as estimativas do mercado colhidas pelo Projeções Broadcast, este é o maior déficit para o mês na série histórica, iniciada em dezembro de 2001.
Às 10h37, o Ibovespa tinha 95.614,05 pontos, em queda de 1,00%.
As baixas são generalizadas entre as blue chips, incluindo bancos, grupo de maior peso na composição do Ibovespa.
Em Nova York, o índice Dow Jones recuava 0,33%, enquanto S&P500 e Nasdaq perdiam 0,31% e 0,65%, respectivamente.