Ibovespa fecha em alta e entra em abril acima de 131 mil pontos com apoio de Vale

Publicado 01.04.2025, 17:04
Atualizado 01.04.2025, 17:41
© Reuters. Painel da B3n05/08/2024nREUTERS/Carla Carniel

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, encostando nos 132 mil pontos no melhor momento, puxado principalmente pela Vale, na esteira da alta do minério de ferro na China e de acordo com Global Infrastructure Partners para formar uma joint-venture na Aliança Energia pelo qual receberá US$1 bilhão.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,68%, a 131.147,29 pontos, tendo marcado 131.982,29 pontos na máxima e 130.080,54 pontos na mínima do dia. O volume financeiro no primeiro pregão de abril somou R$18,08 bilhões.

Wall Street fechou sem um sinal único, com o Nasdaq subindo 0,87% e o S&P 500 avançando 0,38%, enquanto o Dow Jones registrou variação negativa de 0,03%, em meio à expectativa para o anúncio de tarifas comercias recíprocas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, na quarta-feira.

De acordo com o especialista em investimentos Leonardo Santana, sócio da casa de análise Top Gain, a queda dos juros futuros também corroborou a alta de várias ações do setor de consumo, além de construtoras. O índice de consumo subiu 1,32% e o do setor imobiliário avançou 1,1%.

A B3 (BVMF:B3SA3) também divulgou nesta terça-feira a primeira prévia da carteira do Ibovespa que irá vigorar de maio a agosto, com a inclusão das ações da construtora Direcional (BVMF:DIRR3), enquanto os papéis da empresa de tecnologia LWSA (BVMF:LWSA3) e do grupo de concessionárias Automob foram excluídas.

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) subiu 0,86%, acompanhando o movimento dos preços futuros do minério de ferro, em meio à demanda crescente pelo ingrediente de fabricação de aço na China. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian fechou em alta de 1,86%, a 792 iuanes (US$108,98) a tonelada. A Vale também anunciou na segunda-feira acordo com a Global Infrastructure Partners (GIP) para formar uma joint-venture na Aliança Energia, em que receberá US$1 bilhão em dinheiro e terá uma participação de 30% no empreendimento.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) e PETROBRAS ON (BVMF:PETR3) avançaram 0,38% e 0,51%, respectivamente, descoladas da fraqueza dos preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent encerrou em baixa de 0,37%, a US$79,49. A ANP também divulgou nesta terça-feira que a produção de petróleo do Brasil somou 3,488 milhões de barris por dia (bpd) em fevereiro, alta de 1,2% ano a ano, apesar de um recuo da produção da Petrobras.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) encerrou com variação positiva de 0,02%, em dia misto para os bancos, com BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) perdendo 0,13%%, BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) subindo 0,5%, SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) cedendo 0,07% e BTG PACTUAL (BVMF:BPAC11) UNIT avançando 1,28%.

- ASSAÍ ON avançou 5,57%, em dia sem viés único no setor, CARREFOUR BRASIL ON (BVMF:CRFB3) encerrou com acréscimo de 1,38%, após anunciar que um de seus principais acionistas, a empresa de gestão de ativos da família Diniz, Península, passou por uma reorganização societária, reduzindo a sua participação na rede de varejo para menos de 5%. GPA (BVMF:PCAR3) ON, por sua vez, caiu 1,94%, em meio a ajustes após disparar 13,6% na véspera, em meio à notícia de que o fundo de investimento Saint German, controlado pelo investidor Nelson Tanure, solicitou que o GPA convoque uma assembleia geral extraordinária para destituir o atual conselho de administração e eleger novos membros, incluindo executivos indicados pelo próprio empresário.

- TELEFÔNICA BRASIL ON (BVMF:VIVT3) subiu 4,96%, endossada por relatório de analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) elevando o preço-alvo da ação de R$46 para R$52, enquanto reiteraram recomendação neutra. TIM (BVMF:TIMS3) BRASIL ON, que teve o preço-alvo elevado de R$21 para R$22 e a classificação "overweight" mantida, ganhou 0,52%.

- LOCALIZA ON (BVMF:RENT3) avançou 4,5%, tendo no radar relatório de analistas do Itaú BBA elevando previsão para o lucro da empresa de aluguel de veículos e gestão de frotas para 2025 e reiterando recomendação "outperform" para a ação, com preço-alvo de R$53.

- NATURA&CO ON recuou 7,91%, ainda refletindo receios de investidores com o plano de "turnaround" da empresa e seus próximos resultados após decepção com os números do último trimestre de 2024. A fabricante de cosméticos realiza assembleia com acionistas no próximo dia 25 para decidir sobre a sua incorporação pela Natura Cosméticos (BVMF:NTCO3).

- MARFRIG ON (BVMF:MRFG3) avançou 3,54%, tendo como pano de fundo relatório do Goldman Sachs (NYSE:GS) elevando previsões de Ebitda para o período de 2025-2026, citando volumes e margens melhores do que o esperado em todas as principais operações da companhia. BRF ON (BVMF:BRFS3), que também teve estimativas melhoradas pelo GS e é controlada pela Marfrig, subiu 2,34%, em dia positivo para empresas de proteínas. MINERVA ON (BVMF:BEEF3) fechou com acréscimo de 3,01% e JBS ON (BVMF:JBSS3) ganhou 2,02%.

- CEMIG PN (BVMF:CMIG4) caiu 1,66%, tendo no radar relatório de analistas do Bank of America (NYSE:BAC) cortando a recomendação dos papéis para "underperform" e o preço-alvo de R$13 para R$11, para "incorporar o impacto negativo das diferenças de preços de energia regionais no Brasil e a perda operacional do quarto trimestre do ano passado". Eles também esperam uma queda de dividendos ano a ano, uma vez que não incorporam nas suas previsões reversão de passivos adicionais.

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